Preços e disponibilidade de medicamentos no Programa Farmácia Popular do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0034-89102010005000021Palavras-chave:
Preço de Medicamento, Medicamentos Essenciais, Setor Público, Setor PrivadoResumo
OBJETIVO: Analisar o desempenho do Programa Farmácia Popular do Brasil perante os setores público e privado, em relação a: disponibilidade, preço e custo, para o paciente, de medicamentos para hipertensão e diabetes. MÉTODOS: Foi utilizada a metodologia desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde em conjunto com a Ação Internacional para Saúde, para comparação de preços e disponibilidade de medicamentos. A pesquisa foi aplicada em maio de 2007, em estabelecimentos de diferentes setores [público, privado e as modalidades própria (FPB-P) e expansão (FPB-E) do Programa], em 30 municípios do Brasil. Os quatro medicamentos analisados foram: captopril 25mg e hidroclorotiazida 25mg, para hipertensão, e metformina 500mg e glibenclamida 5mg, para diabetes. RESULTADOS: O FPB-E apresentou maior disponibilidade de medicamentos e o setor público, a menor. Tanto no setor público quanto na FPB-P o percentual de disponibilidade de similares foi maior que o de genéricos. A comparação de preços entre os setores mostrou menor preço de aquisição no FPB-E, seguido pelo FPB-P. O FPB-E apresentou economia superior a 90% em relação ao setor privado. O número de dias de trabalho necessários para aquisição de tratamentos para hipertensão e diabetes foi menor no FPB-E. CONCLUSÕES: A menor disponibilidade encontrada no setor público pode ser uma das justificativas para migração dos usuários do setor público para o FPB. Os altos preços praticados pelo setor privado também contribuem para que o Programa seja uma alternativa de acesso a medicamentos no País.Downloads
Publicado
2010-08-01
Edição
Seção
Artigos Originais
Como Citar
Pinto, C. D. B. S., Miranda, E. S., Emmerick, I. C. M., Costa, N. do R., & Castro, C. G. S. O. de. (2010). Preços e disponibilidade de medicamentos no Programa Farmácia Popular do Brasil . Revista De Saúde Pública, 44(4), 611-619. https://doi.org/10.1590/S0034-89102010005000021