Uso combinado de modelos de estresse no trabalho e a saúde auto-referida na enfermagem

Autores

  • Rosane Härter Griep Fundação Oswaldo Cruz; Instituto Oswaldo Cruz; Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde
  • Lúcia Rotenberg Fundação Oswaldo Cruz; Instituto Oswaldo Cruz; Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde
  • Paul Landsbergis State University of New York; Downstate School of Public Health; Department of Environmental and Occupational Health Sciences
  • Paulo Roberto Vasconcellos-Silva Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; Escola de Medicina e Cirurgia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102011000100017

Palavras-chave:

Enfermeiras, Esgotamento Profissional, Condições de Trabalho, Satisfação no Emprego, Estudos Transversais

Resumo

OBJETIVO: Identificar combinações de dois modelos do estresse psicossocial do trabalho em equipes de enfermagem e sua associação com a saúde auto-referida. MÉTODOS: Estudo transversal com trabalhadoras de três hospitais públicos do Município do Rio de Janeiro, RJ (N=1307). Foi aplicado questionário multidimensional que incluiu duas escalas de estresse no trabalho (modelo demanda-controle e desequilíbrio esforço-recompensa) em 2006. Foram considerados o modelo demanda e controle parcial e completo (inclui apoio social no trabalho), assim como o esforço e recompensa parcial e completo (inclui excesso de comprometimento com o trabalho). Modelos de regressão múltipla foram utilizados para estimar razões de chances ajustadas e seus respectivos intervalos com 95% de confiança. RESULTADOS: As dimensões de ambos os modelos estiveram independentemente associadas à situação de saúde, com odds ratios entre 1,70 e 3,37. O modelo parcial demanda-controle mostrou-se menos associado à saúde (OR = 1,79; IC95% 1,26;2,53) quando comparado ao de desequilíbrio esforço-recompensa (OR=2,27; IC95% 1,57;3,30). A incorporação do apoio social e do excesso de comprometimento com o trabalho aumentou a força de associação dos modelos demanda-controle e desequilíbrio esforço-recompensa, respectivamente. Foi observado aumento na força de associação quando os dois modelos parciais foram combinados. CONCLUSÕES: Os resultados indicam melhor desempenho do modelo desequilíbrio esforço-recompensa para este grupo específico e para o desfecho avaliado e vantagem do uso de modelos completos ou do uso combinado em modelos parciais.

Publicado

2011-02-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Griep, R. H., Rotenberg, L., Landsbergis, P., & Vasconcellos-Silva, P. R. (2011). Uso combinado de modelos de estresse no trabalho e a saúde auto-referida na enfermagem . Revista De Saúde Pública, 45(1), 145-152. https://doi.org/10.1590/S0034-89102011000100017