Acesso vascular permanente em pacientes renais crônicos terminais no Brasil

Autores

  • Gisele Macedo da Silva Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Preventiva e Social
  • Isabel Cristina Gomes UFMG; Instituto de Ciências Exatas; Departamento de Estatística
  • Eli Iola Gurgel Andrade Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Preventiva e Social
  • Eleonora Moreira Lima UFMG; FM; Departamento de Pediatria
  • Francisco de Assis Acurcio UFMG; Faculdade de Farmácia; Departamento de Farmácia Social
  • Mariângela Leal Cherchiglia Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Preventiva e Social

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102011005000005

Palavras-chave:

Fístula Arteriovenosa, Acesso aos Serviços de Saúde, Diálise Renal^i2^sinstrumenta, Insuficiência Renal Crônica, Estudos Transversais

Resumo

OBJETIVO: Analisar fatores associados à provisão de acesso vascular arteriovenoso no Brasil. MÉTODOS: Estudo transversal, nacionalmente representativo, com pacientes com doença renal crônica terminal acompanhados em serviços de diálise ou em centros transplantadores no ano de 2007. A amostra incluiu apenas pacientes que tiveram a hemodiálise como primeira modalidade de tratamento e que sabiam com que tipo de acesso vascular haviam iniciado o tratamento (N = 2.276). Os dados são oriundos do Projeto TRS - "Avaliação econômico-epidemiológica das modalidades de Terapia Renal Substitutiva no Brasil". Regressão logística múltipla foi utilizada. RESULTADOS: Aproximadamente 30% dos pacientes tinham acesso vascular arteriovenoso. Os fatores associados à baixa probabilidade de ter acesso vascular arteriovenoso como primeiro tipo de acesso foram: tempo de diagnóstico de doença renal crônica anterior à entrada em hemodiálise < 1 ano, menor tempo de tratamento dialítico, não possuir cobertura de plano de saúde, residir na região Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste, e residir na região Norte e ao mesmo tempo não possuir cobertura de plano de saúde. No modelo final não foi observada associação do desfecho com variáveis socioeconômicas e comorbidades, mas sim com cuidados pré-diálise. CONCLUSÕES: Os resultados mostram que, para aumentar a provisão de acesso vascular arteriovenoso antes do início da hemodiálise no Brasil, os esforços devem ser focados no cuidado pré-diálise.

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Publicado

2011-04-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Silva, G. M. da, Gomes, I. C., Andrade, E. I. G., Lima, E. M., Acurcio, F. de A., & Cherchiglia, M. L. (2011). Acesso vascular permanente em pacientes renais crônicos terminais no Brasil . Revista De Saúde Pública, 45(2), 241-248. https://doi.org/10.1590/S0034-89102011005000005