O papel da plausibilidade na avaliação da pesquisa científica
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0034-89102011000300021Palavras-chave:
Testes de Hipótese, Reprodutibilidade dos Testes, Métodos e Procedimentos EstatísticosResumo
O artigo discute o impacto da plausibilidade (probabilidade a priori) no resultado de pesquisas científicas, conforme abordagem de Ioannidis, referente ao percentual de hipóteses nulas erroneamente classificadas como "positivas" (estatisticamente significante). A questão "qual fração de resultados positivos é verdadeiramente positiva?", equivalente ao valor preditivo positivo, depende da combinação de hipóteses falsas e positivas em determinada área. Por exemplo, sejam 90% das hipóteses falsas e α = 0,05, poder = 0,8: para cada 1.000 hipóteses, 45 (900 x 0,05) serão falso-positivos e 80 (100 x 0,8) verdadeiro-positivos. Assim, a probabilidade de que um resultado positivo seja um falso-positivo é de 45/125. Adicionalmente, o relato de estudos negativos como se fossem positivos contribuiria para a inflação desses valores. Embora essa análise seja de difícil quantificação e provavelmente superestimada, ela tem duas implicações: i) a plausibilidade deve ser considerada na análise da conformidade ética de uma pesquisa e ii) mecanismos de registro de estudo e protocolo devem ser estimulados.Downloads
Publicado
2011-06-01
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Como Citar
Almeida, R. M. V. R. (2011). O papel da plausibilidade na avaliação da pesquisa científica . Revista De Saúde Pública, 45(3), 617-620. https://doi.org/10.1590/S0034-89102011000300021