Diferenças de gênero no campo da sexologia: novos contextos e velhas definições

Autores

  • Fabiola Rohden Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Instituto de Filosofia e Ciências Humanas; Departamento de Antropologia
  • Jane Russo Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Instituições de Saúde. Instituto de Medicina Social; Departamento de Políticas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102011005000038

Palavras-chave:

Gênero e Saúde, Sexologia, Pessoal de Saúde, Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde

Resumo

OBJETIVO: Analisar concepções de gênero e sexualidade presentes no campo de intervenções terapêuticas em torno do sexo. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Observação etnográfica, complementada por análise documental de material impresso referente ao X Congresso Brasileiro de Sexualidade Humana, promovido pela Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana, e ao VIII Congresso Brasileiro sobre Inadequações Sexuais, promovido pela Associação Brasileira para o Estudo das Inadequações Sexuais, realizados em 2005. A análise privilegiou a interação entre a perspectiva quantitativa no processamento das variáveis profissão e gênero dos participantes e temas das palestras, e perspectiva qualitativa na análise e interpretação do conjunto mais geral de dados. RESULTADOS: Os temas das sessões e o enfoque das apresentações sugerem que o campo é definido pelo contraste entre duas especialidades médicas: a ginecologia e a urologia, a primeira voltada para disfunções femininas e do casal e a segunda para as disfunções masculinas. CONCLUSÕES: A sexualidade masculina é abordada por perspectiva predominantemente biomédica, centrada na fisiologia da ereção e na prescrição de medicamentos, enquanto a sexualidade feminina é apresentada como condicionada por problemas relacionais, mais adequados à intervenção psicológica.

Publicado

2011-08-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Rohden, F., & Russo, J. (2011). Diferenças de gênero no campo da sexologia: novos contextos e velhas definições . Revista De Saúde Pública, 45(4), 722-729. https://doi.org/10.1590/S0034-89102011005000038