Sobre o uso de métodos qualitativos em Saúde Coletiva, ou a falta que faz uma teoria

Autores

  • Mara H de Andrea Gomes Universidade Federal de São Paulo; Escola Paulista de Medicina
  • Cássio Silveira Santa Casa de São Paulo; Faculdade de Ciências Médicas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102012000100020

Palavras-chave:

Pesquisa Qualitativa, Metodologia, Medidas, Métodos e Teorias, Saúde Pública, Reflexão crítica

Resumo

O artigo problematiza certos usos de métodos qualitativos no campo da saúde coletiva que se caracterizam pela ausência de referências teóricas e escamoteiam a racionalidade presente na sua exclusiva utilização como técnica. A proliferação e aceitação desses estudos possivelmente ocorrem pela força da racionalidade instrumental com que têm sido conduzidos. Freqüentemente vistos de maneira cuidadosa, os resultados nem sempre são secundados pela apresentação criteriosa do quadro teórico que fundamenta a interpretação. O uso de técnicas "validadas", os discursos construídos e as narrativas das ações dos "sujeitos" pesquisados não comprometem o pesquisador na relação, já que prescindem da contextualização histórico-espacial e do marco teórico-metodológico que imprimem sentido histórico e social aos estudos.

Publicado

2012-02-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Gomes, M. H. de A., & Silveira, C. (2012). Sobre o uso de métodos qualitativos em Saúde Coletiva, ou a falta que faz uma teoria . Revista De Saúde Pública, 46(1), 160-165. https://doi.org/10.1590/S0034-89102012000100020