Custo-efetividade dos análogos de nucleosídeos/nucleotídeos para hepatite crônica B

Autores

  • Alessandra Maciel Almeida Secretaria de Estado de Saúde; Superintendente de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégico
  • Anderson Lourenço da Silva Secretaria de Estado de Saúde; Superintendente de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégico
  • Cristina Mariano Ruas Brandão Secretaria de Estado de Saúde; Superintendente de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégico
  • Mariângela Leal Cherchiglia Secretaria de Estado de Saúde; Superintendente de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégico
  • Eli Iola Gurgel Andrade Secretaria de Estado de Saúde; Superintendente de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégico
  • Gustavo Laine Araújo de Oliveira Secretaria de Estado de Saúde; Superintendente de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégico
  • Ricardo Andrade Carmo Universidade Federal de Minas Gerais
  • Francisco de Assis Acurcio Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102012000600003

Palavras-chave:

Hepatite B Crônica, terapia, Recidiva, Vírus da Hepatite B, efeitos de drogas, Nucleosídeos, uso terapêutico, Avaliação de Custo-Efetividade

Resumo

OBJETIVO: Conduzir uma análise de custo-efetividade das alternativas medicamentosas com terapia de resgate na recaída por resistência viral para tratamento de pacientes com hepatite crônica B (HCB). MÉTODOS: Coorte hipotética de pacientes com HCB, HBeAg negativo, sem evidência clínica ou histológica de cirrose, DNA do VHB detectável, diagnóstico histológico da doença, HBsAg positivo no soro por mais de seis meses, elevados níveis de alanina transferase (ALT) (duas vezes maior que o limite superior da normalidade [LSN]) e média de idade de 40 anos. Modelo de Markov foi desenvolvido para a hepatite crônica B (antígeno HBeAg negativo) com horizonte temporal de 40 anos. Custos e benefícios foram descontados em 5%. As taxas anuais de progressão, custos devido a complicações e a eficácia dos medicamentos foram obtidos da literatura. As incertezas foram avaliadas por análises de sensibilidade unidirecional e probabilística. RESULTADOS: Iniciar o tratamento com entecavir resultou em 0,35 ano de vida ganho em relação à lamivudina. A razão de custo-efetividade incremental foi de R$ 16.416,08 por anos de vida ganhos. Na análise de sensibilidade a razão de custo-efetividade incremental foi mais sensível à variação na probabilidade de transição de hepatite crônica B para cirrose compensada, taxa de desconto e preço dos medicamentos (± 10%). Na análise de sensibilidade probabilística, a curva de aceitabilidade mostrou que iniciar com entecavir foi a alternativa mais custo-efetiva na comparação ao uso de lamivudina. CONCLUSÕES: A disponibilidade do entecavir é economicamente atrativa como parte do tratamento precoce para pacientes com hepatite crônica B sem coinfecção com o HIV.

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Publicado

2012-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Almeida, A. M., Silva, A. L. da, Brandão, C. M. R., Cherchiglia, M. L., Andrade, E. I. G., Oliveira, G. L. A. de, Carmo, R. A., & Acurcio, F. de A. (2012). Custo-efetividade dos análogos de nucleosídeos/nucleotídeos para hepatite crônica B . Revista De Saúde Pública, 46(6), 942-949. https://doi.org/10.1590/S0034-89102012000600003