Comparação de estimativas de inquéritos de base populacional

Autores

  • Priscila Maria Stolses Bergamo Francisco Universidade Estadual de Campinas; Faculdade de Ciências Médicas; Departamento de Saúde Coletiva
  • Marilisa Berti De Azevedo Barros Universidade Estadual de Campinas; Faculdade de Ciências Médicas; Departamento de Saúde Coletiva
  • Neuber José Segri Universidade Federal de Mato Grosso; Instituto de Ciências Exatas e da Terra; Departamento de Estatística
  • Maria Cecília Goi Porto Alves Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; Instituto de Saúde

DOI:

https://doi.org/10.1590/rsp.v47i1.76582

Resumo

OBJETIVO: Comparar estimativas obtidas de inquéritos domiciliar e telefônico para monitoramento, intervenção e desenvolvimento de políticas de saúde. MÉTODOS: Foram utilizados dados de 2.526 e 1.900 indivíduos de 18 anos e mais, residentes em Campinas, entrevistados pelo inquérito domiciliar e pelo telefônico, respectivamente. As variáveis sexo, faixa etária e escolaridade foram utilizadas para caracterizar a população estudada. Foram calculadas as prevalências e seus respectivos intervalos de confiança de 95%. As estimativas das características sociodemográficas da população foram comparadas pelo teste t. A comparação das estimativas das demais variáveis, segundo o tipo de inquérito, foi feita pela regressão de Poisson. RESULTADOS: Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre as estimativas obtidas pelos dois inquéritos para as prevalências globais de: sobrepeso/obesidade, tabagismo, realização de mamografia no ano prévio e de Papanicolaou alguma vez na vida. Para pior saúde percebida, filiação a plano médico de saúde, realização do exame de mamografia alguma vez e de Papanicolaou no ano prévio, observaram-se diferenças significantes, com tendência de superestimação pelos dados do inquérito telefônico, exceto para pior saúde percebida. CONCLUSÕES: Para melhor compreensão das diferenças observadas, outros estudos serão necessários, pois as pesquisas telefônicas podem fornecer informações rápidas e essenciais para o monitoramento de fatores de risco modificáveis, para a avaliação de intervenções e para o desenvolvimento de políticas de promoção à saúde no País.

Publicado

2013-02-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Francisco, P. M. S. B., Barros, M. B. D. A., Segri, N. J., & Alves, M. C. G. P. (2013). Comparação de estimativas de inquéritos de base populacional. Revista De Saúde Pública, 47(1), 60-68. https://doi.org/10.1590/rsp.v47i1.76582