Impacto da educação na saúde de pacientes com artrite reumatoide - estudo piloto
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v31i1-3p54-59Palavras-chave:
Artrite reumatoide, Educação, Dor, Qualidade de vida, Terapia ocupacionalResumo
Objetivo: Grupos de orientação para pacientes com artrite reumatoide (AR) têm boa aceitação, mas benefícios controversos no tratamento dessa doença. Este estudo visa a avaliar seu impacto sobre a qualidade de vida e a dor em pacientes com AR. Métodos: Ensaio clínico piloto de intervenção em grupos de orientação que incluiu 15 pacientes com AR. Foram realizados 12 encontros de duas horas por semanas, que abordaram ações educativas sobre a doença, o tratamento, medidas de proteção articular e conservação de energia, atividades terapêuticas ocupacionais e oficinas de vivências. Foram utilizados a escala visual analógica de dor (EVA dor) e o sistema descritivo em três níveis de cinco dimensões do EuroQol e sua escala visual analógica (EQ-5D-3L e EQ-VAS) para avaliação da qualidade de vida. Resultados: Catorze (93%) pacientes eram do gênero feminino, com idade média 61,27 anos, tempo médio de doença de 19,93 anos. Treze (87%) deles apresentavam deformidades articulares em mãos pela AR. Houve melhora significativa no domínio cuidados pessoais do EQ-5D-3L (p=0,046) e tendência à redução da dor (EVA dor) e melhora da qualidade de vida (EQ-5D-3L e EQVAS), sem significância estatística (P>0,05). Conclusões: Apesar do pequeno número de pacientes incluídos neste estudo piloto, a melhora dos cuidados pessoais, da autopercepção da dor e da qualidade de vida dos pacientes sugere que houve impacto positivo da educação, das atividades terapêuticas ocupacionais e do compartilhamento de vivências entre os pacientes com AR.
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