João e Maria vão à escola: narrativas dos pais e educadores sobre a inclusão de crianças com deficiência no ensino regular
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v32i1-3pe204944Palavras-chave:
Inclusão em educação, Inclusão escolar, Escola, Pessoas com deficiência, Familiares, Terapia ocupacionalResumo
No Brasil, crianças com deficiência têm comumente seus direitos à educação violados. Ao serem impedidas de frequentar a escola regular, lhes é negada a participação em espaços formativos no âmbito pessoal, cognitivo, relacional e político, o que reforça, inclusive para a própria criança, uma lógica segregacionista. Aqui apresentam-se resultados parciais de uma pesquisa qualitativa exploratória analítica, que teve por campo uma escola regular do Município de São Paulo. Teve como objetivo compreender quais os impactos da entrada na escola regular de crianças com deficiência sobre o cotidiano destas crianças e sua família, detectando os sentidos do processo de escolarização. Os dados foram coletados utilizando-se: 1) entrevistas semiestruturadas com pais e educadores de duas crianças com deficiência escolhidos intencionalmente; 2) genogramas e ecomapas das crianças para compreender sua rede de relações. A análise dos dados ocorreu segundo método abordagem da estrutura. Apesar de existirem entraves à efetivação da inclusão escolar, como preconceitos e vivências de uma inclusão perversa, estar na escola regular trouxe ganhos relacionais às crianças com deficiência, organizou seus cotidianos, e possibilitou novos horizontes para as crianças e suas famílias.
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