A construção da participação social no cotidiano de um serviço residencial terapêutico em São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v35i1-3e229377Palavras-chave:
Serviço Residencial Terapêutico em Saúde Mental, Centro de Atenção Psicossocial, Desinstitucionalização, Saúde Mental, Participação Social, Terapia OcupacionalResumo
Introdução: A participação social é um importante objeto de intervenção no campo da reabilitação psicossocial, em especial para os moradores do Serviço Residencial Terapêutico (SRT). Objetivo: Este estudo busca identificar como tem se efetivado a participação social no SRT a partir da perspectiva de trabalhadores do serviço de referência – Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Metodologia: Para isso realizamos um estudo qualitativo, com base na pesquisa intervenção e pesquisas bibliográficas, utilizando roteiro de entrevistas semiestruturadas para orientar uma etapa da investigação. Resultados: As análises das ações realizadas pelos trabalhadores do CAPS que estão relacionadas à facilitação do processo de participação social dos moradores do SRT auxiliaram na identificação das necessidades de participação social dos moradores levando em consideração as suas concepções. Conclusão: O estudo permitiu reflexões sobre o modo como o serviço de referência do SRT, do tipo CAPS, entende a relação cotidiana com a moradia, destacando linhas das estratégias de cuidado para essa população que visam construir uma rede de espaços possíveis de circulação e inclusão social com base no referencial teórico da reabilitação psicossocial na perspectiva de Benedetto Saraceno.
Downloads
Referências
Cruz NFO, Gonçalves RW, Delgado PGG. Retrocesso da Reforma Psiquiátrica: o desmonte da política nacional de saúde mental brasileira de 2016 a 2019. Trab. Educ. Saude. 2020;18(3):e00285117. doi: 10.1590/1981 7746 sol00285
Ministério da Saúde (BR). Nota técnica nº 11/2019 – CGMAD/DAPES/SAS/MS: Esclarecimentos sobre as mudanças na Política Nacional de Saúde Mental e nas Diretrizes da Política Nacional sobre Drogas. Brasília: Ministério da Saúde; 2019. Disponível em: https://pbpd.org.br/wp-content/uploads/2019/02/0656ad6e.pdf.
Brasil. Lei nº 10.216, de 06 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e o direito das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Diário Oficial da União, Brasília. (2001, abr. 09). Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10216.htm.
Lima EA. Desejando a diferença. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. 2003;14(2):64-71. doi:10.11606/issn.2238-6149.v14i2p64-71.
Amarante P. Loucura e transformação social: autobiografia da reforma psiquiátrica no Brasil. São Paulo: Zagodoni; 2021.
Rocha ML, Aguiar KF. Pesquisa-Intervenção e a produção de novas análises. Psicol Cienc Prof. 2003;23(4):64-73. doi:10.1590/S1414-98932003000400010.
Minayo MCS, organizadora. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. São Paulo: Vozes; 1994.
Mângia EF, Nicácio F. Terapia Ocupacional em Saúde Mental: tendências principais e desafios contemporâneos. In: De Carlo MMRP, Bartalotti CC, organizadores. Terapia Ocupacional no Brasil: fundamentos e perspectivas. São Paulo: Plexus; 2001. p.63-80.
Kinoshita RT. Contratualidade e reabilitação psicossocial. In: Pitta AMF, organizadora. Reabilitação psicossocial no Brasil. São Paulo: Hucitec; 1996. p.55-9.
Saraceno B. Libertando identidades: da reabilitação psicossocial à cidadania possível. Belo Horizonte: Instituto Franco Basaglia; 1999.
Nicácio F. Utopia da realidade: contribuições da desinstitucionalização para a invenção de serviços de saúde mental [tese]. Campinas: Universidade Estadual de Campinas; 2003.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Débora da Silva Louzada, Eliane Dias de Castro

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.