As redes sociais na perspectiva de pessoas com o diagnóstico de esquizofrenia em tratamento em um CAPS de Campinas e as implicações no recovery
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v24i3p183-190Palavras-chave:
Esquizofrenia, Experiência do adoecimento, Redes sociais, Estado de retorno, Saúde mental, Centros de reabilitaçãoResumo
O modelo de assistência preconizado pela Reforma Psiquiátrica introduz um cuidado em saúde mental baseado em estratégias de reabilitação psicossocial das pessoas com transtornos mentais. Nesse sentido, as redes sociais podem ajudar os sujeitos a lidarem com a doença. Assim, a análise das redes sociais, a partir da experiência dos sujeitos, pode indicar de que forma essas redes contribuem (ou não) para o processo de recovery. Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa qualitativa informada pelo referencial da Análise Fenomenológica Interpretativa. Teve como objetivo conhecer como as pessoas com diagnóstico de esquizofrenia em tratamento em um CAPS da cidade de Campinas compõem e experimentam as suas redes sociais e que implicações as redes sociais tem no seu processo de recovery. Resultou-se da análise a identificação de categorias temáticas referentes aos vínculos e tipos de interação estabelecidos pelos participantes. Concluiu-se a partir das narrativas que as redes são positivas para a experiência de recovery, se vivenciadas com alguma capacidade de proporcionar esperança, incentivo e suporte. Uma relação será experiência da positivamente se for capaz de minimizar ou ressignificar uma relação ruim ou a própria relação garantindo-lhe plasticidade.