O relato de viagem como gênero literário-filosófico em Hölderlin e Dostoiévski
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-4765.rus.2015.108589Palavras-chave:
Antiguidade, Ocidente, Rússia, estranhamento, oposiçãoResumo
Tanto na obra de Hölderlin como na de Dostoiévski a viagem ao estrangeiro exerce um papel. A ida ao estrangeiro é uma oportunidade de autoconhecimento pelo contraste. Há diferenças importantes entre as descobertas. O “nós” de Hölderlin é o europeu, enquanto o de Dostoiévski é o russo, entendido como o antiburguês. Hölderlin encontra no sul da França aspectos dos gregos antigos, que ele opõe ao “ocidental” que ele é. Dostoiévski encontra em Paris o tipo acabado do burguês, que ele oporá ao russo. Nos dois casos, a viagem põe o escritor diante da tarefa da sua arte.Downloads
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