Chklóvski e Tolstói: uma moral do estranhamento
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-4765.rus.2019.162484Palavras-chave:
Tolstói, Chklóvski, EstranhamentoResumo
Quando em seu ensaio “A arte como procedimento” Viktor Chklóvski usou alguns trechos de Liev Tolstói como exemplo do que ele próprio definiu como “processo de estranhamento” (ostranenie), tendo em mente certo recurso estilístico muito característico do autor, deu-nos uma chave importante para a compreensão de sua obra. Contudo, embora no mesmo ensaio tenha tentado explicar qual a função do estranhamento na arte e na literatura, não se preocupou em especificar qual a função desse processo na obra de Tolstói, a que efeito particular ele atendia, não indo muito além de constar sua existência. Neste trabalho, refletirei sobre alguns aspectos e passagens da obra de Tolstói, buscando compreender as funções do que nela Chklovski identificou como processo de estranhamento, à luz das considerações mais amplas que o crítico desenvolveu em seus ensaios.
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Referências
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