"Organização mental do que foi visto": diário de uma expedição de Dziga Viértov à Crimeia, agosto de 1925
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-4765.rus.2025.241576Palavras-chave:
Dziga Viértov, Cinema soviético, Cinema documentário, Diário, Processos criativos, Cinema etnográfico, Cinema silencioso, A Sexta Parte do MundoResumo
Em agosto de 1925, Dziga Viértov produziu um relato manuscrito sobre uma visita de três dias ao distrito de Bakhtchissarái, na Crimeia. A análise desse documento inédito, conservado na seção “Cadernos e cadernetas” de seu acervo no Arquivo Estatal Russo de Literatura e Arte (RGALI), nos permite acompanhar uma etapa de seu processo criativo raramente discutida, definida por ele como “montagem após a observação – organização mental do que foi visto”. De seu texto, emergem os múltiplos interesses em jogo durante a produção de "A sexta parte do mundo (1926)" – da propaganda da rede comercial gerida pelo Estado soviético ao estudo etnográfico da região – bem como as potenciais formas de documentação cinematográfica consideradas pelo cineasta.
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