O Grande sertão nas ruínas da sala de aula: formação histórica periférica e experiência social subjetiva – um diário de trabalho
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v18i1p109-125Palavras-chave:
pedagogia, performance, processo criativoResumo
Este artigo tem como objeto o processo de criação do espetáculo teatral Grande sertão Grajaú: veredas e ruínas. Investiga as tensas relações entre forma teatral, abordada em suas diversas e contraditórias dramaturgias, e subjetividade. Esse processo de criação tomou como pressuposto a ideia de “formação”, inspirada na obra de Antonio Candido, Formação da literatura brasileira, que define, no campo das letras nacionais, a ambivalência característica do nosso processo de constituição cultural, marcado pelo empréstimo de formas artísticas importadas em desajuste com a realidade histórica local. Procuraremos identificar diversas manifestações de uma certa “dialética trágica” que, não obstante sua diversidade, poderia caracterizar esse processo de formação como capaz de gerar experiências sociais subjetivas tão dilaceradas quanto o seu tecido social correspondente.
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