A distância (in)correta
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v17i2p333-344Palavras-chave:
Real, Referente, AbjeçãoResumo
“Ele escreveu uma peça sobre negros” era o título explosivo do projeto inicial do dramaturgo e diretor Alexandre Dal Farra que deu origem à longa jornada do espetáculo que é tema deste texto. Mas diferentemente do que se pode tomar em uma abordagem inicial demasiadamente reativa, o título, intencionalmente, já colocava seu próprio projeto sob suspeita. Quem é esse “ele” que se arroga tal posição? Certamente um “ele” que se distingue de seu “objeto” – esse genérico e autoritário “negros” que termina a frase. De certa forma, sem que tivéssemos a menor ideia de onde o projeto nos levaria, já estávamos no encalço desse “branco” que figuraria no título definitivo do espetáculo que estreou em março de 2017 em São Paulo: Branco: o cheiro do lírio e do formol. Este artigo procura retomar alguns fios do processo relacionando-os à ideia de “distância correta” proposta por Hal Foster em seu texto “O artista como etnógrafo”.
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Referências
DAL FARRA, A. Passeio por propriedades. 2016.
______. Branco: o cheiro do lírio e do formol. 2017.
FOSTER, H. O retorno do real: a vanguarda no final do século XX. São Paulo: Cosac Naify, 2014.
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