Escavações, evocações e invocações… ou como lidar com os buracos na terra batida
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v22i1p152-174Palavras-chave:
Morte, Cena contemporânea, Performance, CriseResumo
Em um momento de crise radical ocasionada pela pandemia da covid-19, frente às muitas covas abertas para enterrar pessoas cujas mortes não podiam sequer serem ritualizadas, um grupo de quatro artistas-docentes, de distintas instituições, questionam-se sobre seus próprios buracos – os buracos da história, dos corpos, da matéria viva. A experiência em uma mesa de debate com contornos performáticos se desdobra neste artigo, que por meio de uma escrita coletiva e performativa, tem como matéria de investigação as artes da cena de nosso tempo, entre o paradoxo da presença e da ausência, marcadas tanto pelos impactos políticos quanto por sua capacidade de não perder o poder de magia, que lhe conectam a outros mundos.
Downloads
Referências
ARISTOTLE. On Poetics. Indiana: St. Augustine’s Press, 2002.
AESCHYLUS. Persae. Edited with introduction and notes by A. Sidgwick. Bristol Classical Press, 1982.
ARTAUD, A. Para Acabar com o Julgamento de Deus. In: WILLER, C. (org.). Escritos de Antonin Artaud. Porto Alegre: L&PM, 1983.
BAGGS, M. About Ballastexistens. Ballastexistens. [S. l.] [internet], 2021 Disponível em: https://ballastexistenz.wordpress.com/about-2. Acesso em: 25 maio. 2021.
BAGGS, M. In my language. Canal silentmiaow. Youtube, [S.l.], 14 jan. 2007. 1 vídeo (9 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JnylM1hI2jc. Acesso em: 3 fev. 2023.
BARROS, M. Poesia completa. Rio de Janeiro: LeYa, 2010
BENJAMIN, W. Sobre o conceito de história. In: BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política – ensaios sobre literatura e história da cultura. Obras escolhidas. São Paulo: Brasiliense, 1987. v. 1.
CARVALHO, M. R. de; CARVALHO, A. M. (org.). Índios e caboclos: a história recontada. Salvador: Edufba, 2012.
DELEUZE, G; GUATTARI, F. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: 34, 1996. v. 3.
EBELING, K. The Art of Searching – On “Wild Archaeologies” From Kant to Kitler. The Nordic Journal of Aesthetics, Denmark, n. 51, p. 7-18, 2016. DOI: https://doi.org/10.7146/nja.v25i51.25152
HEATHFIELD, A. Alive: (Ao) vivo. eRevista Performatus, Inhumas, v. 2, n. 9, 2014.
KRENAK, A. A vida não é útil. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.
MÃE, V. H. O Filho de Mil Homens. São Paulo: Biblioteca Azul, 2016.
PLATH, S. Ariel. Campinas: Verus, 2018.
LEPECKI, A. Exaurir a dança: performance e a política do movimento. São Paulo: Annablume, 2017.
LEWINSOHN, A. C. The life-death paradox in the presence of the actor. The Journal of Performance and Mindfulness, v. 2, p. 1-17, 2019a. DOI: https://doi.org/10.5920/pam.562
LEWINSOHN, A. C. Por uma atenção distraída: estudos sobre a percepção na preparação do ator. ART RESEARCH JOURNAL, v. 6, p. 1-31, 2019b. DOI: https://doi.org/10.36025/arj.v6i2.17930
LEWINSOHN, A. C. Paradoxo incorporado nas práticas de atuação. ILINX Revista Científica do LUME, v. 11, p. 111-124, 2017. Disponível em: https://orion.nics.unicamp.br/index.php/lume/article/view/561. Acesso em: 3 fev. 2023.
MBEMBE, A. Necropolítica. Revista Arte e Ensaios, Rio de Janeiro, n. 32, p. 122-151, 2016.
OHNO, K. Entrevista à Irion Nolasco. Revista Nicolau, Curitiba, v. 6, n. 47, p. 17-20, 1993. Disponível em https://www.bpp.pr.gov.br/sites/biblioteca/arquivos_restritos/files/migrados/File/af_nicolau47.pdf. Acesso em set. 2022.
SIMAS, L. A. RUFINO, L. Flecha no Tempo. Rio de Janeiro: Mórula, 2019.
SCHECHNER R. O que é Performance. O Percevejo, Rio de Janeiro, v. 11, n. 12, p. 25- 50, 2003.
SCHNEIDER, R. Performing remains – art and war in times of theatrical reenactment. New York: Routledge, 2011.
SÊNECA. Six tragedies. Oxford: Oxford University Press, 2010.
TAYLOR, D. O arquivo e o repertório: performance e memória cultural nas Américas. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Renata de Lima Silva, Vinicius Torres Machado, Fernanda Raquel, Ana Caldas Lewinsohn
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-sa/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Os leitores são livres para compartilhar, copiar e redistribuir os textos publicados na Sala Preta, sem fins comerciais e em qualquer suporte ou formato, desde que sejam dados os créditos apropriados ao(s) autor(es) e à Revista. Podem também adaptar, remixar, transformar e criar a partir deste material, desde que distribuam o material derivado sob a mesma licença do original – e mantenham a menção explícita ao(s) autores e à Revista Sala Preta.
Ao submeter um artigo à Sala Preta e tê-lo aprovado para publicação os autores concordam com os termos da Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.