Dramaturgias negras: ou sobre inscrever a cor e o corpo como texto

Autores

  • Soraya Martins Patrocinio Universidade Estadual do Paraná. Faculdade de Artes do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v24i3p57-70

Palavras-chave:

Dramaturgias negras, Po[éticas], Fabulação

Resumo

Este artigo, fruto também de pesquisa de doutoramento, visa analisar as dramaturgias negras – termo utilizado no plural para designar tanto o texto escrito quanto o performado – como escrituras pulsantes, implicadas em instaurar outras realidades por meio da apreensão po[ética] dos processos sociorraciais brasileiros, reelaborar esteticamente as experiências negras e dar a ver epistemologias da cena que visibiliza a negrura na sua diferença, criatividade e relevância. A partir das dramaturgias de Grace Passô e Anderson Feliciano, pretende-se refletir sobre como esses artistas inscrevem a cor e o corpo como texto para produzir efeitos de linguagem que, num processo de concepção formal, pensam as contradições da sociedade e a experiência teatral e tecem camadas múltiplas e fabulares da(o) sujeita(o) negra(o).

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Biografia do Autor

  • Soraya Martins Patrocinio, Universidade Estadual do Paraná. Faculdade de Artes do Paraná

    Artista-docente, crítica de teatros e curadora independente. Curou o Dona Ruth: Festival de Teatro Negro de São Paulo 2025 e o Festival Internacional de Teatro de Belo Horizonte – FIT-BH 2018 e 2024. Pós-doutorado em Literatura, Artes e Mídias (UFMG), com bolsa do CNPq. Professora do curso de Licenciatura em Teatro da Faculdade de Artes do Paraná FAP/UNESPAR.

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Publicado

2025-11-10

Edição

Seção

ARTIGOS

Como Citar

Patrocinio, S. M. (2025). Dramaturgias negras: ou sobre inscrever a cor e o corpo como texto. Sala Preta, 24(3), 57-70. https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v24i3p57-70