Dramaturgias negras: ou sobre inscrever a cor e o corpo como texto
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v24i3p57-70Palavras-chave:
Dramaturgias negras, Po[éticas], FabulaçãoResumo
Este artigo, fruto também de pesquisa de doutoramento, visa analisar as dramaturgias negras – termo utilizado no plural para designar tanto o texto escrito quanto o performado – como escrituras pulsantes, implicadas em instaurar outras realidades por meio da apreensão po[ética] dos processos sociorraciais brasileiros, reelaborar esteticamente as experiências negras e dar a ver epistemologias da cena que visibiliza a negrura na sua diferença, criatividade e relevância. A partir das dramaturgias de Grace Passô e Anderson Feliciano, pretende-se refletir sobre como esses artistas inscrevem a cor e o corpo como texto para produzir efeitos de linguagem que, num processo de concepção formal, pensam as contradições da sociedade e a experiência teatral e tecem camadas múltiplas e fabulares da(o) sujeita(o) negra(o).
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