O transnacionalismo do Black Lives Matter e as interpretações sobre os racismos contemporâneos
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1983-6023.sank.2024.234259Palavras-chave:
Black Lives Matter, Racismo, Antirracismo, TransnacionalResumo
O objetivo deste artigo é demonstrar como a onda de protestos do Black Lives Matter, que se transformou em um fenômeno transnacional, gerou debates públicos sobre racismos sistemáticos e estruturais. As hierarquias raciais, que foram estruturadas a partir da escravidão e do colonialismo, se fundamentaram em práticas segregacionistas e discursos sobre a inferioridade inata de populações não europeias. A experiência do Holocausto, entretanto, fez desmoronar o padrão dessas hierarquias que se consolidaram no século XIX. A criação do Sistema ONU no pós-guerra impulsionou o desenvolvimento de um regime de combate às discriminações raciais e a formalização da igualdade de direitos nos regimes democráticos. O racismo, contudo, passou por transformações e criou novos repertórios. O Black Lives Matters nos Estados Unidos, por meio da denúncia da violência policial, difundiu entre um público mais amplo interpretações sobre os mecanismos distintos dos racismos contemporâneos e desencadeou globalmente protestos de articulações e movimentos que construíram e interconectaram transnacionalmente imaginários antirracistas.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Sankofa (São Paulo)

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Qualquer reprodução total ou parcial dos artigos ou materiais contidos na revista, pede-se que seja solicitada a autorização aos seus editores. A Licença Creative Commons adotada é CC Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0