Entre o trabalho forçado e o livre: negociação e conflito dos trabalhadores caravaneiros em Angola – meados do século XIX
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1983-6023.sank.2024.234263Palavras-chave:
Abolicionismo, Colonialismo Português, Angola Oitocentista, Comércio de Longa DistânciaResumo
Em meados do século XIX, com a expansão do abolicionismo no mundo atlântico e com a consequente reconversão da economia da colônia portuguesa de Angola de uma fornecedora de pessoas escravizadas para o tráfico atlântico, em uma economia baseada na exportação de gêneros coloniais agrícolas e extrativistas, a demanda por trabalhadores para os serviços nas caravanas comerciais de longa distância aumentou consideravelmente. Sempre tendo sido objeto de preocupação das autoridades coloniais, o recrutamento de carregadores era instrumento fundamental para a própria existência do enorme fluxo de mercadorias entre o Atlântico e interior de Angola, e constantemente gerou revoltas e conflitos nas áreas de maior interferência política dos portugueses. Aparecendo no cerne do debate abolicionista português em meados do século, as condições de recrutamento e manutenção das caravanas mudaram radicalmente ao mesmo tempo que a economia colonial mais exigia tais serviços. Diante de tais fatores, esse texto buscará debater sobre os impactos múltiplos do abolicionismo colonial português sobre o trabalho nas caravanas em Angola, reconhecendo dinâmicas autônomas do comércio africano e reações heterogêneas de diversos agentes sociais.
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