A acupuntura vai além da agulha: trajetórias de formação e atuação de acupunturistas

Autores

  • Marcelo Felipe Nunes Universidade do Vale do Rio dos Sinos
  • José Roque Junges Universidade do Vale do Rio dos Sinos
  • Tonantzin Ribeiro Gonçalves Universidade do Vale do Rio dos Sinos
  • Monique Adriane Motta Universidade do Vale do Rio dos Sinos

DOI:

https://doi.org/10.1590/s0104-12902017157679

Palavras-chave:

Acupuntura, Medicina Tradicional Chinesa, Trajetória Profissional, Narrativas

Resumo

O objetivo deste estudo foi analisar as trajetórias de formação e a atuação profissional de acupunturistas. Trata-se de estudo de natureza qualitativa, baseado no referencial metodológico das narrativas de histórias de vida. Participaram oito profissionais de saúde - cinco homens e três mulheres -, graduados em enfermagem, fisioterapia e medicina, que utilizavam a acupuntura a partir da perspectiva da medicina chinesa (MC) e que responderam a entrevistas semiestruturadas. A análise das narrativas resultou em três categorias centrais: busca por novas racionalidades em saúde; adentrando no universo da acupuntura; a acupuntura vai além da agulha. Observou-se que a busca pela acupuntura foi motivada pela insatisfação com a formação inicial no paradigma biomédico. A trajetória de formação na acupuntura foi gradativa e envolveu profunda inserção na racionalidade da MC, devido à complexi­dade de sua proposta terapêutica, o que os levou a entender que a inserção da agulha representa a confluência de diversos aspectos da racionalidade, não podendo ser reduzida a mera aplicação técnica. Nesse sentido, aponta-se a necessidade de discutir a formação desses profissionais e sua atuação no Sistema Único de Saúde, bem como a aplicabilidade da perspectiva biomédica de pesquisa nos estudos sobre acupuntura.

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Publicado

2017-03-01

Edição

Seção

Artigos de pesquisa original

Como Citar

Nunes, M. F., Junges, J. R., Gonçalves, T. R., & Motta, M. A. (2017). A acupuntura vai além da agulha: trajetórias de formação e atuação de acupunturistas. Saúde E Sociedade, 26(1), 300-311. https://doi.org/10.1590/s0104-12902017157679