Limites e falência do corpo: o acesso ao tratamento de mulheres usuárias de crack em um CAPSad do Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0104-12902021190834Palabras clave:
Assistência ao paciente, Vulnerabilidade social, Saúde mental, Cocaína crack, Identidade de gêneroResumen
O abuso de crack evidencia um problema de saúde pública complexo a ser enfrentado. Neste contexto, o consumo pelas mulheres as coloca em situação de maior vulnerabilidade. O artigo tem como objetivos identificar e descrever as motivações para o acesso ao tratamento de mulheres usuárias de crack em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPSad), voltado ao atendimento de pessoas com problemas com o álcool e outras drogas. Trata-se de um estudo qualitativo, feito através de observação participante e realização de nove entrevistas em profundidade com mulheres usuárias de crack, submetidos à análise temática. Os resultados indicam a presença do corpo como o argumento usado pelas mulheres para justificar a procura pelo atendimento no CAPSad. As questões ligadas ao corpo, tais como, as vivências de cansaço físico, dor, sono, emagrecimento, esgotamento, medo de morrer e da violência das ruas, direcionaram as usuárias para o tratamento. Muitas delas sentiam essa necessidade em decorrência do abuso do crack e precisavam de ajuda dos profissionais de saúde, por meio do pedido de medicação e acolhimento noturno. Assim, é fundamental reconhecer o uso do corpo como ferramenta de acesso ao tratamento por parte das mulheres usuárias de crack.
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