O tempo da costura: afetos, subversão e intimidade em Call the midwife
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2017.122143Palavras-chave:
Seriado, afetos, mulheres, feminismo, intimidade.Resumo
Este artigo analisa uma sequência do seriado britânico Call the midwife por meio da análise fílmica, sob o aporte dos estudos feministas e dos estudos culturais. Debruçamo-nos sobre o labor em torno da costura feminina realizada no confinamento do lar, em que se cose uma colcha, para discutir afetos, silêncios, tempo, intimidade e subversão. A série tem como tema central a maternidade e aborda o trabalho de um grupo de parteiras em uma região pobre da Inglaterra no fim dos anos 1950. Ao mesmo tempo que promove rupturas em relação a representações hegemônicas da casa e da costura, se alinha a visões contemporâneas mitificadoras da maternidade e do “ser mãe”.
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Referências audiovisuais
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