Mil e uma noites na cidade industrial
o realismo em Arábia
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2020.162175Palavras-chave:
Cinema, Arábia, Trabalhador, Realismo, AnticapitalismoResumo
Arábia (2017) pode ser situado no âmbito de uma série de incursões cinematográficas aos substratos da realidade, tanto pelo prisma do documentário quanto pelos caminhos da ficção. À primeira vista, a obra parece responder às aparições históricas da figura do trabalhador no cinema brasileiro. Mas há uma região menos nítida de repercussões, com artistas que adaptaram as categorias do realismo a seus propósitos particulares. É o caso, por exemplo, de John Ford e John Huston. Neste artigo, olharemos para as imagens de Arábia no limiar dessas duas zonas de construção estética.
Downloads
Referências
ABC DA GREVE – DEBATE com Affonso Uchoa, Luiz Dulci e Luiza Dulci - Mostra 68 e Depois. [S. l.: s. n.]. 2018. 1 vídeo (70 min). Publicado pelo canal Pedro Rena. Disponível em: https://bit.ly/2xDZLW0. Acesso em: 1º abr. 2020.
AGAMBEN, G. “Deus não morreu, ele tornou-se dinheiro: entrevista a Peppe Salvà”. Revista IHU Online, São Leopoldo, n. 537, 30 ago. 2012. Disponível em: http://bit.ly/2x1G89X. Acesso em: 12 jun. 2019.
ANDRADE, F. “O canto inaudito”. NYU Publishing, New York, 31 jan. 2018. Disponível em: http://bit.ly/2QnJLxB. Acesso em: 13 jun. 2019.
BAZIN, A. “Les voyages de Sullivan”. In: BAZIN, A. Le cinema de la cruauté. Paris: Flammarion, 1975. p. 51-56.
BENJAMIN, W. “Sobre o conceito de história”. In: BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 222-232.
BENJAMIN, W. O capitalismo como religião. São Paulo: Boitempo, 2013.
BODNAR, J. Blue-collar Hollywood: liberalism, democracy and working people in American film. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2003.
BORN, M. The Born-Einstein letters. London: Macmillan, 1971.
BRECHT, B. Brecht on film and radio. London: Bloomsbury, 2000.
BRILL, L. John Huston’s Filmmaking. Cambridge: Cambridge University Press, 1997.
CHEVALIER, J.; GHEERBRANT, A. Dicionário de símbolos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1988.
FISHER, M. Capitalist realism: is there no alternative? Winchester: Zero Books, 2009.
GALLAGHER, T. John Ford: the man and his movies. Berkeley: University of California Press, 1988.
GAUNY, G. “Le travail à la tâche”. In: GAUNY, G. Le philosophe plébéien. Paris: La Découverte; Saint-Denis: PUV, 1983. p. 44-49.
GUIMARÃES, C. “Desolação capitalista e resistência subjetiva em Arábia, de Affonso Uchoa e João Dumans”. In: CATÁLOGO do 21º festival do filme documentário e etnográfico fórum de antropologia e cinema. Belo Horizonte: Filmes de Quintal, 2017.
JOYCE, J. Dubliners. New York: Oxford University Press, 2000.
MEYERS, J. John Huston: courage and art. New York: Crown Archetype, 2011.
RANCIÈRE, J. “O que significa ‘Estética’”. Tradução: R. P. Cabral. Projeto Imago, [s. l.], out. 2011. Disponível em: http://bit.ly/3a46k2c. Acesso em: 13 jun. 2019.
Referências audiovisuais
GODFATHERS (O céu mandou alguém). John Ford, Estados Unidos, 1948.
A QUEDA. Ruy Guerra, Brasil, 1976.
ABC da greve. Leon Hirszman, Brasil, 1990.
ARÁBIA. Affonso Uchoa e João Dumans, Brasil, 2017.
ARBEITER verlassen die Fabrik (A saída dos operários da fábrica). Harun Farocki, Alemanha, 1995.
ELES não usam black-tie. Leon Hirszman, Brasil, 1981.
ESSE mundo é meu. Sergio Ricardo, Brasil, 1964.
HOW Green Was My Valley (Como era verde o meu vale). John Ford, Estados Unidos, 1941.
INDUSTRIE und fotografie (Indústria e fotografia). Harun Farocki, Alemanha, 1979.
LA CLASSE operaia va in paradiso (A classe operária vai ao paraíso). Elio Petri, Itália, 1971.
PEDREIRA de São Diogo. Leon Hirszman, Brasil, 1962.
SÃO Bernardo. Leon Hirszman, Brasil, 1972.
SULLIVAN’S travel (Contrastes humanos). Preston Sturges, Estados Unidos, 1941.
THE DEAD (Os vivos e os mortos). John Huston, Estados Unidos, Inglaterra, Irlanda, 1987.
THE GRAPES of Wrath (As vinhas da ira). John Ford, Estados Unidos, 1940.
THE SUN Shines Bright (O sol brilha na imensidão). John Ford, Estados Unidos, 1953.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Luís Flores

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista para fins não comerciais.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.