Desmistificações da fotografia: Machado, Wolf e o fotógrafo-montador

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2021.183208

Palavras-chave:

Teoria da fotografia, Fotografia Contemporânea, Hibridismo, Montagem, Michael Wolf

Resumo

Neste artigo, discutiremos as contribuições de Arlindo Machado para uma nova compreensão não só do ato fotográfico, mas do próprio estatuto do fotógrafo na contemporaneidade. Para tal, relacionaremos a obra Street View, do fotógrafo alemão Michael Wolf, com reflexões filosóficas sobre a fotografia desenvolvidas por Flusser, Benjamin e Didi-Huberman em diálogo com Machado. Para este autor, a noção histórica da fotografia está se expandindo e, nessa conjuntura, o lugar do fotógrafo também se transforma. Assim, sugerimos como hipótese que o fotógrafo aparece menos como um “caçador de imagens” e mais como um arqueólogo ou um montador, uma espécie de crítico-colecionador trabalhando a partir de fragmentos, retalhos, sobras de sonhos e imagens.

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Biografia do Autor

  • Osmar Gonçalves dos Reis Filho, Universidade Federal do Ceará

    Osmar Gonçalves é doutor em Comunicação pela Universidade Federal de Minas Gerais (2010), com bolsa-sanduíche na Bauhaus-Universität (Alemanha), financiada pelo DAAD/Capes. Realizou pós-doutorado em Cinema e Arte Contemporânea na Université Sorbonne Nouvelle - Paris 3 (2015), com bolsa Capes. Atualmente, é Professor Associado do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal do Ceará, concentrado principalmente nas áreas de fotografia, teoria da imagem e estética do audiovisual. É Diretor Científico da Compós (Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação) e líder do IMAGO - Laboratório de Estudos de Estética e Imagem. Coordena o projeto de pesquisa Do visível ao inapresentável: apontamentos sobre a fotografia latino-americana contemporânea, financiado pelo CNPq (Edital Universal - MCTI/CNPQ Nº 01/2016). Tem cooperações acadêmicas com pesquisadores do Laboratoire International de Recherches en Arts da Sorbonne Nouvelle (França), da Ruhr-Universität Bochum (Alemanha), da UFRJ, da UnB, da USP, da Unicamp e da UFPE. Foi Coordenador do GT Comunicação, Artes e Tecnologias da Imagem da Compós entre 2018 e 2019, do ST Interseções Cinema e Arte da Socine entre 2016 e 2019, e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFC entre 2017 e 2019. Organizou os livros Narrativas Sensoriais: ensaios sobre cinema e arte contemporânea (Circuito, 2014), ganhador do Prêmio FUNARTE de Estímulo à Produção Crítica em Artes Visuais e, junto com Susana Dobal, Fotografia Contemporânea: fronteiras e transgressões (Casa das Musas, 2013). Realiza ainda atividades como parecerista/consultor para CAPES, CNPq e para diversas revistas nacionais e internacionais na área de Comunicação, Fotografia, Cinema e Artes.

  • Fábio Ciquini, Faculdade Casper Líbero

    Doutor pelo Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Atua como docente nos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Faculdade Cásper Líbero e da Fapcom. Pesquisador vinculado ao CISC-PUCSP (Centro Interdisciplinar de semiótica da cultura e da mídia) e ao Arquivo Vilém Flusser São Paulo.

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Publicado

07/18/2021

Como Citar

Reis Filho, O. G. dos, & Ciquini, F. H. (2021). Desmistificações da fotografia: Machado, Wolf e o fotógrafo-montador. Significação: Revista De Cultura Audiovisual, 48(56), 113-132. https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2021.183208