A música em 2001: uma odisseia no espaço e o objeto sublime do cinema
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2022.192902Palavras-chave:
Música, Trilha sonora, Sublime, Espectador, PsicanáliseResumo
Um elemento estilístico notável de 2001: Uma odisseia no espaço (1968) é o uso inovador da música clássica, que, isolada do diálogo ou dos efeitos sonoros, ganha uma dimensão autônoma de sentido. A partir do conceito de “música anempática” de Michel Chion, postulamos que duas obras musicais, a fanfarra Also sprach Zarathustra e a valsa do Danúbio Azul, possuem funções formais e narrativas bastante específicas, a serem analisadas aqui em termos dos conceitos de Lacan do imaginário e o simbólico, o olhar, a sutura e o sublime kantiano. Nosso objetivo é abordar e desenvolver a formulação de Annette Michelson, em sua crítica seminal, de que 2001 é um filme de reestruturação cognitiva e redefinição da “forma do conteúdo” do cinema, através do papel da música.
Downloads
Referências
BUKATMAN, S. “The artificial infinite: on special effects and the sublime”. In: KUHN, A. (org.). Alien Zone II: the spaces of science-fiction cinema. London: Verso, 1999. p. 249-274.
CHION, M. Kubrick’s cinema odyssey. London: BFI, 2001.
COPJEC, J. “The orthopsychic subject: film theory and the reception of Lacan”. In: COPJEC, J. Read my desire: Lacan against the historicists. Cambridge: MIT Press, 1994. p. 15-38.
KANT, I. Critique of the power of judgment. Cambridge: Cambridge University Press, 2009.
KOLKER, R. Cinema of loneliness. Oxford: Oxford University Press, 2001.
KUBRICK, S. “Interview with Joseph Gelmis”. In: PHILLIPS, G. (org.). Stanley Kubrick: interviews. Oxford: U. P. Mississippi, 2001. p. 80-104.
LACAN, J. Seminar XI: the four fundamental concepts of psycho-analysis. New York: Norton, 1998.
MICHELSON, A. “Bodies in space: film as carnal knowledge”. In: SCHWAM, S. (org.). The making of 2001: A Space Odyssey. New York: Modern Library, 2000. p. 194-215.
MULHALL, S. On Film. London: Routledge, 2001.
PIPPIN, R. Filmed thought: cinema as reflective form. Chicago: University of Chicago Press, 2020.
SONTAG, S. “Fascinating fascism”. In: NICHOLS, B. (org.). Movies and methods. Berkeley: UC Press, 1976. v. 1. p. 31-43.
TYGEL, D. A música no espírito do filme: música e narrativa no cinema. 2017. Dissertação (Mestrado em Música) – Centro de Letras e Artes, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017.
WHITE, S. “Kubrick’s obscene shadows”. In: KOLKER, R. (org.). Stanley Kubrick’s 2001: A Space Odyssey: new essays. Oxford: Oxford University Press, 2006. p. 127-145.
ZIZEK, S. “The Hitchcockian blot”. In: ZIZEK, S. Looking awry: an introduction to Jacques Lacan through popular culture. Cambridge: MIT Press, 1992. p. 88-106.
ZIZEK, S. “The wound is healed only by the spear that smote you”. In: ZIZEK, S. Tarrying with the negative. Ithaca: Duke University Press, 1993. p. 165-199.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Pedro Groppo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista para fins não comerciais.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.