EDITORIAL
Margarita Antonia Villar Luis
Editora Chefe. Professora Titular, Departamento de Enfermagem e Ciências Humanas, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
Um ano se passou muito trabalho realizado e perspectiva de novos empreendimentos e desafios neste ano que apenas se inicia.
A SMAD continua seus esforços em obter novas indexações, embora já esteja em indexadores que garantem boa visibilidade nacional e internacional. Exigências cada vez maiores se impõem aos veículos de divulgação científica e buscaremos atender aqueles que nos dizem respeito (corpo editorial, periodicidade, estrutura, acesso à revista).
Mas, caro leitor e colega a sua colaboração é imprescindível nessa tarefa, acredite no potencial de crescimento da revista, envie seus artigos, não só os de atualização, inclua dados inéditos de pesquisa, afinal trabalhos bons, interessantes, devem ser divulgados, rapidamente, para não ficarem ultrapassados. Seja docente de universidade ou profissional de serviço de saúde, de educação e outros, experiências nas áreas de abrangência da revista que julguem importantes e necessárias de serem compartilhadas, façam o seu registro de forma criteriosa dentro das normas de publicação, e não hesitem em enviá-lo para apreciação da SMAD.
Brevemente, faremos algumas mudanças, dentre elas pensamos em propor um resumo maior a fim de facilitar aos leitores a compreensão dos artigos. Escreva e dê sua opinião a respeito.
Mantendo a tradição de incluir textos referentes à saúde mental e às substâncias psicoativas, neste número são apresentados trabalhos realizados por colegas da Europa e da América Latina abordando usuários de heroína, experiência pouco frequente em alguns países, por isso mesmo relevante, pois num mundo globalizado e dinâmico iniciativas antes localizadas podem se disseminar.
O uso do tabaco por mulheres é outro tema abordado numa perspectiva histórica baseada em documentos, considerando as proposições do Ministério da Saúde sobre o hábito da mulher fumar e analisando as implicações clínicas do tabagismo na gestação, com vistas a obter fundamentos para as ações de enfermagem na promoção da saúde da mulher.
Os demais artigos focalizam-se no espectro da saúde mental propriamente dita, concentrando-se em assuntos como a saúde do trabalhador do setor administrativo de uma empresa, um trabalho exploratório, instigante que pode estimular o desenvolvimento futuro de outros semelhantes ou mais ampliados.
O estudo sobre a relação de ajuda enfermeiro-paciente pós tentativa de suicídio traz a tona um tema pouco explorado pelos profissionais de saúde seja, na academia ou nos espaços de atendimento. Essa experiência propicia a oportunidade de refletir essa questão.
Por fim o registro de uma biografia daquele que foi o diretor da primeira Escola de Enfermagem do Brasil, fato notório para a Saúde mental, pois sua criação ocorreu junto ao Hospício dos alienados com o objetivo de prestar cuidado a essa clientela. Portanto, a enfermagem brasileira possui, ao menos nas suas origens, uma base inquestionável na saúde mental. Seria muito produtivo que essa raiz se mantivesse vigorosa nos cursos de formação desse profissional.
Boa leitura!