A função do olho humano na óptica do final do século XVI

Autores

  • Claudemir Roque Tossato Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-31662005000300004

Palavras-chave:

Óptica, Visão, Câmara escura, Anatomia, Perspectiva, Euclides, Alhazen, Kepler

Resumo

Neste artigo, trato em linhas gerais do papel do olho humano no desenvolvimento das teorias ópticas no período que vai da Grécia antiga até o final do século xvi. São destacados dois grandes momentos da história da óptica: a antiguidade e o século XIII. Procuro levantar alguns dos principais pontos relativos à importância do olho humano no ato da visão, relacionando esses pontos a três tradições de pesquisa que serviram como base para a elaboração de teorias ópticas, a primeira filosófica, a segunda anatômica e a terceira matemática. A intenção é mapear a situação da óptica no que concerne à função do olho humano antes dos trabalhos revolucionários de Kepler nessa área no início do século XVII.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Alberti, L. B. Da pintura. Campinas: Edunicamp, 1989.

Bradbury, S. & Turner, G. L. E. Conference of The Royal Microscopical Society. Cambridge: Cambridge University Press, 1967.

Castiglioni, A. História da medicina. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1941. v. 1.

Cohen, M. R. & Drabkin, I. E. A source book in greek science. New York: Mcgraw-Hill, 1948.

Crombie, A. C. The mechanistic hypothesis and the scientific study of vision: some optical ideas as a background to the invention of the microscope. In: Bradbury, S. & Turner, G. L. E. Conference of The Royal Microscopical Society. Cambridge: Cambridge University Press, 1967. p. 3-112.

Crombie, A. C. Historia de la ciência de San Agustín a Galileo. Madrid: Alianza Editorial, 1987. v. 1.

Crombie, A. C. Expectation, modelling and assent in the history of optics. Part I: Alhazen and the medieval tradition. Studies in History and Philosophy of Science, 21, 4, p. 605-32, 1990.

Crombie, A. C. Expectation, modeling and assent in the history of optics. Part II: Kepler and Descartes. Studies in History and Philosophy of Science, 22, 1, p. 89-115, 1991.

Hatfield, C. & Epstein, W. The sensory core and the medieval foundations of early modern perceptual theory. Isis, 70, 3, p. 363-84, 1979.

Lindberg, D. C. Alhazen’s theory of vision and its reception in the west. Isis, 58, p. 321-41, 1967.

Lindberg, D. C. Alkindi’s critique of Euclid’s theory of vision. Isis, 62, p. 469-89, 1971.

Lindberg, D. C. Theories of vision from Al-Kindi to Kepler. Chicago/London: University of Chicago Press, 1976.

Panofsky, E. Renascimento e renascimentos na arte ocidental. Lisboa: Editorial Presença, 1964.

Panofsky, E. La perspectiva como “forma simbolica”. Barcelona: Tusquets Editor, 1973.

Pirenne, M. H. The scientific basis of Leonardo da Vinci’s theory of perspective. Isis, 10, 3, p. 169-85, 1952.

Platão. Timeu. Belém: Editora da Universidade do Pará, 2001.

Ronchi, V. Storia della luce. Bologna: Zanichelli, 1952.

Ronchi, V. Optics: the science of vision. New York: Dover, 1959.

Singer, C. Uma breve história da anatomia e fisiologia desde os gregos até Harvey. Campinas: Edunicamp, 1996.

Smith, A. M. The psychology of visual perception in Ptolomy’s optics. Isis, 79, 2, p. 188–207, 1988.

Unguru, S. Vitelo and thirteenth-century mathematics: an assessment of his contributions. Isis, 63, 4, p. 496-508, 1972.

Downloads

Publicado

2005-09-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

A função do olho humano na óptica do final do século XVI . (2005). Scientiae Studia, 3(3), 415-441. https://doi.org/10.1590/S1678-31662005000300004