Progresso científico e incomensurabilidade em Thomas Kuhn

Autores

  • André Luis de Oliveira Mendonça Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Antonio Augusto Passos Videira Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-31662007000200003

Palavras-chave:

Kuhn, Progresso científico, Incomensurabilidade, Paradigma

Resumo

Apesar das inúmeras críticas que recebeu ao longo de sua produção acadêmica, Thomas Kuhn produziu, inegavelmente, uma nova imagem acerca do progresso científico. A rigor, ele mostrou que o progresso ocorre em duas direções diferentes e complementares. Isso o levou a advogar a tese de que o desenvolvimento da ciência se dá por intermédio de uma tensão essencial entre o normal e o revolucionário. Segundo Kuhn, há o progresso no sentido de aprofundamento do conhecimento - proporcionado pela aquisição de um paradigma - e há o progresso no sentido de ampliação do conhecimento - gerado pela emergência da incomensurabilidade. O argumento central que desenvolvemos, neste artigo, afirma que o problema de Kuhn foi ter começado, com o passar do tempo, a pensar esses dois conceitos fundamentais (paradigma e incomensurabilidade) somente em suas conotações lingüísticas e teóricas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Abrantes, P. Kuhn e a noção de “exemplar”. Principia, 2, p. 61-102, 1998.

Biagioli, M. The anthropology of incommensurability. Studies in the History and Philosophy of Science, 21, p. 183-209, 1990.

Chang, H. History and philosophy of science as a continuation of science by other means. Science & Education, 9, p. 59-75, 2000.

Cheng, X. Thomas Kuhn’s latest notion of incommensurability. Journal for General Philosophy of Science, 28, p. 257-73, 1997.

Fernando, G. (Org.). A ciência tal qual ela se faz. Lisboa: Edições João Sá da Costa, 1999.

Fuller, S. Thomas Kuhn: a philosophical history for our time. Chicago: The University of Chicago Press, 2000.

Galison, P. Culturas etéreas e culturas materiais. In: Fernando, G. (Org.). A ciência tal qual ela se faz. Lisboa: Edições João Sá da Costa, 1999. p. 395-414.

Galison, P. & Stump, D. (Org.). The disunity of science: boundaries, contexts, and power. Stanford: Stanford University Press, 1996.

Kuhn, T. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1975.

Kuhn, T. A tensão essencial. Lisboa: Edições 70, 1980.

Kuhn, T. Commensurability, comparability, communicability. In: Kuhn, T. The road since structure. Chicago: The University of Chicago Press, p. 33-57, 2000a.

Kuhn, T. What are scientific revolutions? In: Kuhn, T. The road since structure. Chicago: The University of Chicago Press, p. 13-32, 2000b.

Kuhn, T. The road since structure. In: Kuhn, T. The road since structure. Chicago: The University of Chicago Press, p. 90-104, 2000c.

Lakatos, I. & Musgrave, A. (Org.). Criticism and the growth of knowledge. Cambridge: Cambridge University Press, 1970.

Larvor, B. Why did Kuhn’s SSR cause a fuss? Studies in the History and Philosophy of Science, 34, p. 369-90, 2003.

Mastermann, M. The nature of paradigm. In: Lakatos, I. & Musgrave (Org.). Criticism and the growth of knowledge. Cambridge: Cambridge University Press, 1970. p. 59-90.

Nola, R. Saving Kuhn from the sociologists of science. Science & Education, 9, p. 77-90, 2000.

Putnam, H. Razão, verdade e história. Lisboa: Dom Quixote, 1992.

Rouse, J. Knowledge and power: toward a political philosophy of science. Ithaca: Cornell University Press, 1987.

Sankey, H. Kuhn’s ontological relativism. Science & Education, 9, p. 59-75, 2000.

Shapere, D. Reason and the search for knowledge: investigations in the philosophy of science. Dordrecht: Dordrecht Reidel, 1984.

Stump, D. From epistemology and metaphysics to concrete connections. In: Galison, P. & Stump, D. (Org.). The disunity of science: boundaries, contexts, and power. Stanford: Stanford University Press, 1996. p. 255-86.

Downloads

Publicado

2007-06-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Progresso científico e incomensurabilidade em Thomas Kuhn . (2007). Scientiae Studia, 5(2), 169-183. https://doi.org/10.1590/S1678-31662007000200003