Formas do vivo e no vivo: imitar e/ou reproduzir a vida
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-31662008000100006Palavras-chave:
Biologia molecular, Biologia sistêmica, Biologia sintética, Comunidade científica, (Des)-contextualização, Epistemologia, Forma, Fronteira, Invariabilidade, Modelo, EspecificidadeResumo
As questões relativas às formas e à morfologia adquiriram depois do século xviii uma posição central nas ciências e, particularmente, na biologia. Desde 1890, as formas surgiram na bioquímica a partir da noção de especificidade (fala-se da adequação entre moléculas como daquela entre uma chave e uma fechadura). As diferentes orientações na biologia (particularmente depois da revolução da biologia molecular, do desenvolvimento da biologia sistêmica, da biologia sintética e dos trabalhos claramente orientados para as escalas nanométricas) produziram significações diferenciadas das noções de forma e de especificidade. As diferentes perspectivas, nas quais elas são utilizadas, principalmente, na questão das fronteiras entre vivo e não vivo, entre natureza e artifício, ou, ao contrário, nas quais elas são eliminadas, substituídas, por exemplo, pelas noções de informação e de código, poderiam fornecer a chave para compreender a epistemologia profunda da pesquisa nesses domínios e os "paradigmas" que congregam pesquisadores que trabalham originalmente em comunidades científicas distintas. As análises aqui propostas apóiam-se principalmente na idéia de invariabilidade dos conceitos e das idéias que, mais ou menos explicitamente, possam assemelhar-se a princípios organizadores das atividades científicas.Downloads
Referências
Abir-Am, P. G. The first american and french commemorations in molecular biology: from collective memory to comparative history. Osiris, 14, p. 324-72, 1999.
Basu, S. et al. A synthetic multicellular system for programmed formation. Nature, 434, p. 1130-4, 2005.
Bensaude, V. B. Biomimetic chemistry and synthetic biology: A two-way traffic across the borders. Actes de la Conférence “Pour une évaluation critique des bionanotechnologies. Perspectives éthiques et philosophiques”. 25-26 janvier 2008, Paris, École Normale Supérieure. Paris: Vuibert. No prelo.
Cuvier, G. Recherches sur les ossements fossiles de quadrupèdes, où l’on rétablit les caractères de plusieurs espèces d’animaux que les révolutions du globe paroissent avoir détruits. Paris: [s./n.], 1812. 4v.
Danchin, A. Préface. In: Schrödinger, E. Qu’est-ce que la vie? De la physique à la biologie. Paris: Point Seuil, 1992. p. 7-28.
Flourens, P. Buffon. Histoire de ses travaux et ses idées. Paris: Paulin Libraire Editeur, 1844.
Forman , P. The primacy of science in modernity, of technology in post modernity, and of ideology in the history of technology. History of Technology, 1-2, p. 1-152, 2007.
Guchet, X. Les conceptions de la nature dans les nanotechnologies. Le cas des machines moléculaires artificielles. Actes de la Conférence “Pour une évaluation critique des bionanotechnologies. Perspectives éthiques et philosophiques”. 25-26 janvier 2008, Paris, École Normale Supérieure. Paris: Vuibert. No prelo.
Hottois, G. Méthodologie. La technoscience: de l’origine du mot à ses usages actuels. Recherche en Soins Infirmiers, 86, p. 25-32, 2006.
Ibrahim, A La notion de moule intérieur dans les thèories de la gènèration au xviiie siècle. Archives de Philosophie, 50, p. 555-80, 1987.
Leduc, S. Mechanism of life. Disponível em: <http://www.archive.org/details/mechanismoflife029804MBP>. Acesso em: 20/05/2008.
Marcovich, A. A quoi rêvent les sociétés? Paris: Odile Jacob, 2001.
Morange, M. Histoire de la biologie moléculaire. Paris: La Découverte, 2003.
Moscovici, S. Essai sur l’histoire humaine de la nature. Paris: Flammarion, 1977.
Petitot, J. Morphologie et esthétique. Paris: Maisonneuve/Larose, 2004.
Rosnay, J. de. Biologie de synthèse: enjeux et défis pour l’humanité. Transversales, Sciences & Culture, 13/12/2004. Disponível em: <http://grit-transversales.org/article.php3?id_article=44> Acesso em: 20/06/2008.
Sauvage, J. P. Les nanomachines moléculaires: de la biologie aux systèmes artificiels et aux dispositifs. Disponível em: <http://culturesciences.chimie.ens.fr/NanomachinesJPSauvage.pdf>. Acesso em: 20/06/2008.
Schrödinger, E. Qu’est-ce que la vie? De la physique à la biologie. Paris: Point Seuil, 1992 [1944].
Shinn, T. Desencantamento da modernidade e da pós-modernidade: diferenciação, fragmentação e a matriz de entrelaçamento. Scientiae Studia, 6, 1, p. 41-79, 2008.
Veyne, P. Foucault, sa pensée, sa personne. Paris: Albin Michel, 2008.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2008 Scientiae Studia

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
A revista detém os direitos autorais de todos os textos nela publicados. Os autores estão autorizados a republicar seus textos mediante menção da publicação anterior na revista. A revista adota a Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.