Robert Hooke e o problema da geração espontânea no século XVII
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-31662010000300004Palavras-chave:
Hooke, Micrographia, Geração espontânea, Metamorfose, InsetosResumo
O presente trabalho propõe uma releitura da Micrographia de Robert Hooke, segundo a qual a descrição da estrutura da cortiça não constitui o tema principal que o tornou participante dos debates sobre a história natural no século XVII mas, sim, outras observações, principalmente as de números XIX e XLIII. Na primeira, descreve minuciosamente as formas aquáticas jovens de um mosquito culicídeo (larva e pupa) e sua metamorfose para o estádio adulto. Na segunda, discute o problema da geração espontânea dos insetos. As observações XIX e XLIII evidenciam que Hooke estava consciente dos grandes debates que se travavam na história natural da época. Posicionou-se com clareza em relação à origem do "inseto aquático". Admitiu certos casos de geração espontânea dos insetos como a dos "vermes" das galhas dos vegetais, bem como a "metamorfose" de vegetais em animais. Assim, Robert Hooke pode ser apropriadamente considerado um filósofo natural, detentor de conhecimentos e ideias em todas as áreas das ciências de sua época, nas quais desenvolveu notáveis contribuições.Downloads
Publicado
2010-09-01
Edição
Seção
Artigos
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Robert Hooke e o problema da geração espontânea no século XVII . (2010). Scientiae Studia, 8(3), 367-388. https://doi.org/10.1590/S1678-31662010000300004