A evidência visual na ciência
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-31662011000200003Palavras-chave:
Evidência visual, Percepção, Observação, Microscopia, Representação científica, Instrumentação científica, van FraassenResumo
Neste artigo, proponho uma formulação do conceito de evidência visual como um tipo particular de evidência no qual condições contrafáticas análogas àquelas encontradas na percepção estão presentes. Argumento que a evidência visual pode ser produzida também por instrumentos científicos, tais como diversos tipos de microscópios para os quais sabemos que as condições em apreço são, de fato, satisfeitas. Como resultado, tanto a percepção como as informações geradas por instrumentos que produzem evidência visual satisfazem as mesmas propriedades epistêmicas. Com base nesse fato, proponho, finalmente, uma forma de estender o observável para além da percepção a olho nu, mas que ainda preserva, no interior de uma concepção empirista, casos em que determinados objetos não podem ser observados.Downloads
Referências
Achinstein, P. The book of evidence. New York: Oxford University Press, 2001.
Azzouni, J. Deflating existential consequence. New York: Oxford University Press, 2004.
Bogen, J. & Woodward, J. Saving the phenomena. Philosophical Review, 97, p. 303-52, 1988.
Bueno, O. O empirismo construtivo: uma reformulação e defesa. Campinas: Unicamp, 1999. (Coleção CLE).
Bueno, O. Representation at the nanoscale. Philosophy of Science, 73, p. 617-28, 2006.
Bueno, O. Scientific representation and nominalism: an empiricist view. Principia, 12, p. 177-92, 2008a.
Bueno, O. Visual evidence at the nanoscale. Spontaneous Generations: A Journal for the History and Philosophy of Science, 2, p. 132-8, 2008b.
Bueno, O. Models and scientific representations. In: Magnus, P. D. & Busch, J. (Ed.). New waves in philosophy of science. Hampshire: Palgrave MacMillan, 2010. p. 94-111.
Bueno, O. When physics and biology meet: the nanoscale case. Studies in History and Philosophy of Biological and Biomedical Sciences. No prelo.
Byrne, A. & Logue, H. (Ed.). Disjunctivism: contemporary readings. Cambridge: The MIT Press, 2009.
Chen, C. J. Introduction to scanning tunneling microscopy. New York: Oxford University Press, 1993.
DeRose, K. The case for contextualism: knowledge, skepticism, and context. Oxford: Clarendon Press, 2009. v. 1.
Fish, W. Perception, hallucination, and illusion. New York: Clarendon Press, 2009.
Lewis, D. Veridical hallucination and prosthetic vision. Australasian Journal of Philosophy, 58, p. 239-49, 1980.
Li, H. et al. Determining the molecular-packing arrangements on protein crystal faces by atomic force microscopy. Acta Crystallographica, D55, p. 1023-35, 1999.
Magnus, P. D. & Busch, J. (Ed.). New waves in philosophy of science. Hampshire: Palgrave MacMillan, 2010.
Moore, G. H. Zermelo’s axiom of choice. Berlin: Springer-Verlag, 1982.
Palade, G. A small particulate component of the cytoplasm. Journal of Biophysical and Biochemical Cytology, 1, p. 59-79, 1955.
Peacocke, C. Sense and content. Oxford: Clarendon Press, 1983.
Porchat,O. P. Rumo ao ceticismo. São Paulo: Editora Unesp, 2006.
Rasmussen, N. Picture control: the electron microscope and the transformation of biology in America, 1940-1960. Stanford: Stanford University Press, 1997.
Rubin, H. & Rubin, J. E. Equivalents of the axiom of choice II. Amsterdam: North-Holland, 1985.
van Fraassen, B. C. The scientific image. Oxford: Clarendon Press, 1980.
van Fraassen, B. C. Scientific representation. Oxford: Clarendon Press, 2008.
Woodward, J. Data and phenomena. Synthese, 79, p. 393-472, 1989.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2011 Scientiae Studia

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
A revista detém os direitos autorais de todos os textos nela publicados. Os autores estão autorizados a republicar seus textos mediante menção da publicação anterior na revista. A revista adota a Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.