O riso como expressão de um modo de entendimento: do bergsonismo à antropologia
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-31662011000100006Palavras-chave:
Riso, Intuição, Inteligência, Bergsonismo, AntropologiaResumo
Este artigo versará sobre a relação entre a vida e o riso na filosofia de Henri Bergson à luz de uma breve reflexão sobre as suas possíveis contribuições à antropologia. Tomando os conceitos de intuição e inteligência, pretendo analisar o riso como modo de entendimento que estabelece uma assimetria epistemológica entre os "cientistas" e o "público leigo".Downloads
Referências
Bakhtin, M. A cultura popular na idade média e no renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, Brasília: UnB, 1993a.
Bakhtin, M. Toward a philosophy of the act. Austin: University of Texas Press, 1993b.
Bergson, H. Mélanges. Paris: PUF, 1972.
Bergson, H. Ensaio sobre os dados imediatos da consciência. Lisboa: Edições 70, 1988.
Bergson, H. Matéria e memória. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
Bergson, H. A evolução criadora. Lisboa: Edições 70, 2001.
Bergson, H. O riso: ensaio sobre a significação da comicidade. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
Bergson, H. A intuição filosófica. In Bergson, H. O pensamento e o movente. São Paulo: Martins Fontes, 2006a. p. 125-48.
Bergson, H. O pensamento e o movente. São Paulo: Martins Fontes, 2006b.
Calvino, I. Seis propostas para o próximo milênio: lições americanas. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
Castro, E. V. O nativo relativo. Mana, 1, 8, p. 113-48, 2002.
Castro, E. V. (Anthropology) and (science). Manchester Papers in Social Anthropology, 7, p. 1-23, 2003. Disponível em: <http://nansi.abaetenet.net/abaetextos/anthropology-and-science-e-viveiros-de-castro>. Acesso em: 07 nov. 2010.
Castro, E. V. Exchanging perspectives: the transformation of objects into subjects in amerindian ontologies. Common Knowledge, 10, 3, p. 463-84, 2004.
Clastres, P. A sociedade contra o estado – pesquisa de antropologia política. São Paulo: Cosac Naify, 2003.
Clastres, P. Copérnico e os selvagens. In: Clastres, P. A sociedade contra o estado – pesquisa de antropologia política. São Paulo: Cosac Naify, 2003. p. 23-41.
Clastres, P. De que riem os índios. In: Clastres, P. A sociedade contra o estado – pesquisa de antropologia política. São Paulo: Cosac Naify, 2003. p. 147-66.
Coelho, J. G. Bergson leitor de Lucrécio: as implicações existenciais do determinismo. Trans/Form/Ação, 26, 1, p. 129-40, 2003.
Dawkins, R. The God delusion. New York: Houghton Mifflin, 2006.
Deleuze, G. Diferença e repetição. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
Deleuze, G. Bergsonismo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
Deleuze, G. & Guattari, F. Mil platôs. São Paulo: 34, 1997. v. 5.
Favret Saada, J. Être affecté. Gradhiva. Revue d’Histoire et d’Archives de l’Anthropologie, 8, p. 3-9, 1990.
Ferreira, A. B. H. Novo dicionário eletrônico Aurélio, versão 5.0, 2004 [CD-ROM].
Fujita, H. Bergson’s hand: toward a history of (non)-organic vitalism. SubStance, 36, 3, p. 115-30, 2007.
Goldman, M. Razão e diferença: afetividade, racionalidade e relativismo no pensamento de Lévy-Bruhl. Rio de Janeiro: UFRJ/Grypho, 1994.
Goldman, M. Alteridade e experiência: antropologia e teoria etnográfica. Etnográfica, 10, 1, p. 161-73, 2006.
Goldman, M. Os tambores do antropólogo: antropologia pós-social e etnografia. PontoUrbe, 2, 3, p. 1-11, 2008.
Hass, R. B. (Re)Reading Bergson: Frost, Pound and the legacy of modern poetry. Journal of Modern Literature, 29, 1, p. 55-75, 2005.
Hawking, S. Breve história do tempo: do big bang aos buracos negros. Lisboa: Gradiva, 1988.
Jensen, C. A nonhumanist disposition: on performativity, practical ontology, and intervention. Configurations, 14, 3, p. 229-44, 2006.
Latour, B. Jamais fomos modernos: ensaio de antropologia simétrica. São Paulo: 34, 1994.
Latour, B. Universalidade em pedaços. Folha de S. Paulo, São Paulo, 13 set. 1998. Caderno Mais, p. 3.
Latour, B. Reflexão sobre o culto moderno dos deuses fe(i)tiches. São Paulo: Edusc, 2002.
Lecerf, E.; Borba, S. & Kohan, W. (Ed.). Imagens da imanência. Escritos em memória de Henri Bergson. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
Lévi-Strauss, C. O pensamento selvagem. Campinas: Papirus, 1989.
Lecerf, E.; Borba, S. & Kohan, W. História de lince. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
Maniglier, P. Bergson estruturalista? Para além da oposição foucaultiana entre vida e conceito. In: Morato, D. & Marques, S. T. (Ed.). Bergson: crítica do negativo e pensamento em duração. São Paulo: Alameda Editorial, 2009. p. 75-109.
Montebello, P. Matéria e luz em a ‘Evolução criadora’. In: Lecerf, E.; Borba, S. & Kohan, W. (Ed.). Imagens da imanência. Escritos em memória de Henri Bergson. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. p. 177-86.
Morato, D. Bergson e os dualismos. Trans/Form/Ação, 27, 1, p. 79-91, 2004.
Morato, D. et al. A atualidade de Bergson. In: Lecerf, E.; Borba, S. & Kohan, W. (Ed.). Imagens da Imanência. Escritos em memória de Henri Bergson. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. p. 7-25.
Morato, D. & Marques, S. T. (Ed.). Bergson: crítica do negativo e pensamento em duração. São Paulo: Alameda Editorial, 2009.
Novaes, A. (Ed.). Tempo e história. São Paulo: Companhia das Letras/Secretaria Municipal de Cultura, 1992.
Prado Júnior, B. Bergson, 110 anos depois. In: Prado Júnior, B. Erro, ilusão, loucura. São Paulo: 34, 2004.
Rebollo, R. A. Ciência e metafísica na homeopatia de Samuel Hahnemann. São Paulo: Associação Filosófica Scientiae Studia/Parque CienTec, 2008
Safatle, V. Sobre um riso que não reconcilia: notas a respeito da “ideologia da ironização”. A Parte Rei, 55, p. 1-13, 2008.
Serres, M. O nascimento da física no texto de Lucrécio: correntes e turbulências. São Paulo: Unesp/Edufscar, 2003.
Silva, F. L. Bergson e Proust: tensões do tempo. In: Novaes, A. (Ed.). Tempo e história. São Paulo: Companhia das Letras/Secretaria Municipal de Cultura, 1992. p. 141-54.
Silva, F. L. Bergson: intuição e discurso filosófico. São Paulo: Loyola, 1994.
Stengers, I. Another look: relearning to laugh. Hypatia, 15, 4, p. 41-54, 2000.
Stengers, I. A invenção das ciências modernas. São Paulo: 34, 2002.
Strathern, M. The gender of the gift. Berkeley: UCLA Press, 1998.
Sztutman, R. De nomes e marcas: ensaio sobre a grandeza do guerreiro selvagem. Revista de Antropologia, 52, p. 47-96, 2009.
Tarde, G. Monadologia e sociologia. São Paulo: Cosac Naify, 2007.
Veyne, P. M. Comment on écrit l’histoire. Paris: Seuil, 1978.
Veyne, P. M. Did the Greeks believe in their myths? An essay on the constitutive imagination. Chicago: University of Chicago Press, 1998.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2011 Scientiae Studia

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
A revista detém os direitos autorais de todos os textos nela publicados. Os autores estão autorizados a republicar seus textos mediante menção da publicação anterior na revista. A revista adota a Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.