"Coisas que as pessoas sabem": computação e territórios do senso comum

Autores

  • Rafael Wild Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Vanessa Maurente Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Cleci Maraschin Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Instituto de Psicologia em Informática na Educação
  • Maria Cristina Biazus Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-31662011000100008

Palavras-chave:

Inteligência artificial, Senso comum, Pressupostos epistemológicos, Tecnologia e sociedade, Conhecimento

Resumo

A inteligência artificial constrói, através da computação, sistemas com capacidades especiais na medida em que são capazes de realizar tarefas elaboradas para as quais a inteligência humana seria, em princípio, essencial. Um desses sistemas, um projeto de longo prazo e larga escala conhecido como CYC, propõe-se a uma tarefa considerada muito difícil, que é a de representar e tornar utilizável computacionalmente o conhecimento de senso comum, isto é, conhecimento não especializado, de que as pessoas lançam mão no decorrer do dia a dia sem mesmo dar-se conta de que o estão utilizando. Para realizar este projeto, seus criadores partem de premissas não explicitadas, tais como a de que esse conhecimento é, em primeiro lugar, representável de alguma maneira formal. Examinaremos com atenção esse projeto, para tentar tornar visíveis algumas dessas premissas que consideramos importantes. Buscaremos mostrar, ademais, como o conhecimento ali expresso é marcado pela perspectiva dos seus criadores sobre o mundo e sobre o que se constitui como conhecimento válido.

Downloads

Publicado

2011-01-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

"Coisas que as pessoas sabem": computação e territórios do senso comum . (2011). Scientiae Studia, 9(1), 149-166. https://doi.org/10.1590/S1678-31662011000100008