Incomensurabilidade, comparabilidade e objetividade
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-31662012000300004Palavras-chave:
Kuhn, Incomensurabilidade, Comparabilidade, Dinâmica de teorias, Objetividade, CopernicanismoResumo
Este artigo pretende mostrar que o termo "incomensurabilidade" utilizado por Kuhn fornece, juntamente com o conceito de "comparabilidade", as condições para uma escolha objetiva entre teorias. Procura-se defender que a filosofia de Kuhn não é uma filosofia relativista. Discutem-se as noções de incomensurabilidade em sentido amplo e de incomensurabilidade local. Apresenta-se um evento da história da astronomia ligado ao copernicanismo para ilustrar que a adequação empírica permite a comparação entre teorias localmente incomensuráveis.Downloads
Referências
Aymoré, D. R. O modelo de historiografia da ciência kuhniano: da obra “A estrutura das revoluções científicas” aos ensaios tardios. São Paulo, 2010. Dissertação (Mestrado em Filosofia). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo.
Andersen, H. On Kuhn. Belmont: Wadsworth Thompson Learnig, 2001.
Barker, P. et al. Kuhn on concepts and categorization. In: Nickles, T. (Ed.). Thomas Kuhn. Cambridge: Cambridge University Press, 2003. p. 212-45.
Barnes, J. Thomas Kuhn and the problem of social order in science. In: Nickles, T. (Ed.). Thomas Kuhn. Cambridge: Cambridge University Press, 2003. p. 122-41.
Bird, A. Thomas Kuhn. Stanford encyclopedia of philosophy, 2004. Disponível em: <http://plato.stanford.edu/entries/natural~kinds/>. Acesso em 03 jul. 2012.
Copérnico, N. As revoluções dos orbes celestes. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1984.
Galileu, G. Diálogo sobre os dois máximos sistemas do mundo, ptolomaico e copernicano. Tradução P. R. Mariconda. São Paulo: Discurso Editorial, 2001.
Gattei, S. Thomas Kuhn’s “linguistic turns” and the legacy of logical empiricism: incommensurability, rationality, and the search for truth. Hampshire: Ashgate Publishing Company, 2008.
Grandy, R. E. Kuhn’s world changes. In: Nickles, T. (Ed.). Thomas Kuhn. Cambridge: Cambridge University Press, 2003. p. 246-60.
Guitarrari, R. Incomensurabilidade e racionalidade científica em Thomas Kuhn: uma análise do relativismo epistemológico. São Paulo, 2004. Tese (Doutorado em Filosofia). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo.
Hollis, M. The philosophy of social science: an introduction. Cambridge: Cambridge University Press, 2008.
Koyré, A. La révolution astronomique. Paris: Hermann, 1961.
Kuhn, T. S. Lógica da descoberta ou psicologia da pesquisa? In: Lakatos, I. & Musgrave, A. (Org.). A crítica e o desenvolvimento do conhecimento. São Paulo: Cultrix, 1979a. p. 5-32.
Kuhn, T. S. Reflexões sobre os meus críticos. In: Lakatos, I. & Musgrave, A. (Org.). A crítica e o desenvolvimento do conhecimento. São Paulo: Cultrix, 1979b. p. 285-343.
Kuhn, T. S. Rationality and theory choice. The Journal of Philosophy, 80, p. 563-70, 1983.
Kuhn, T. S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1994.
Kuhn, T. S. Comensurabilidade, comparabilidade, comunicabilidade. In: Kuhn, T. S. O caminho desde a estrutura. São Paulo: Editora Unesp, 2003a. p. 47-76.
Kuhn, T. S. O que são revoluções científicas? In: Kuhn, T. S. O caminho desde a estrutura. São Paulo: Unesp, 2003b. p. 23-45.
Kuhn, T. S. Mundos possíveis na história da ciência. In: Kuhn, T. S. O caminho desde a estrutura. São Paulo: Unesp, 2003c. p. 77-114.
Lakatos, I. & Musgrave, A. (Org.). A crítica e o desenvolvimento do conhecimento. São Paulo: Cultrix, 1979.
Laudan, L. et al. Mudança científica: modelos filosóficos e pesquisa histórica. Estudos Avançados, 7, 19, p. 7-89, 1993.
Mariconda, P. R. Notas. In: Galileu, G. Diálogo sobre os dois máximos sistemas do mundo, ptolomaico e copernicano. Tradução P. R. Mariconda. São Paulo: Discurso Editorial, 2001. p. 547-841.
Mendonça, A. L. O. & Videira, A. A. P. Progresso científico e incomensurabilidade em Thomas Kuhn. Scientiae Studia, 5, 2, p. 169-83, 2007.
Nickles, T. (Ed.). Thomas Kuhn. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.
Rosenberg, A. Introdução à filosofia da ciência. São Paulo: Edições Loyola, 2009.
Shinn, T. & Ragouet, P. Controvérsias sobre a ciência: por uma sociologia transversalista da atividade científica. Tradução P. R. Mariconda & S. G. Garcia. São Paulo: Associação Filosófica Scientiae Studia/Editora 34, 2008.
Stephenson, B. Kepler’s phisical astronomy. Princeton: Princeton University Press, 1994.
Tossato, C. R. O processo de elaboração das duas primeiras leis keplerianas dos movimentos planetários. São Paulo, 1997. Dissertação (Mestrado em Filosofia) Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo.
Trigueiro, M. G. S. Sociologia da tecnologia. São Paulo: Centauro Editoria, 2009.
Voelkel, J. R. The composition of Kepler’s “Astronomia nova”. Princeton: Princeton University Press, 2001.
Westman, R. S. The astronomer’s role in the sixteenth century: a preliminary study. History of Science, 18, 40, p. 105-47, 1980
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2012 Scientiae Studia

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
A revista detém os direitos autorais de todos os textos nela publicados. Os autores estão autorizados a republicar seus textos mediante menção da publicação anterior na revista. A revista adota a Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.