Materiais, equipamentos, métodos e objetivos: outra revolução química?

Autores

  • Juergen Heinrich Maar Universidade Federal de Santa Catarina. Instituto de Química

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-31662012000400003

Palavras-chave:

História da química, Revolução química, Experimentos químicos, História da ciência, Kuhn

Resumo

Dos diferentes fatores associados a uma mudança de paradigma e, portanto, a uma revolução química, o menos discutido é o que envolve os assim chamados experimentos exemplares, mudanças radicais na metodologia de trabalho e nos procedimentos empíricos da química, mudanças e modificações estas que, no caso de uma ciência natural empírica, podem ter como consequência dados experimentais antes inacessíveis, levando, por fim, a uma nova abordagem de conceitos, hipóteses e teorias e desencadeando uma "revolução" química, um novo paradigma. Muito mais do que uma revolução química, dever-se-ia optar por uma gradativa evolução química. Escolhemos três dessas situações como "exemplares": a modificação no procedimento empírico da química pneumática, com o uso da cuba pneumática contendo mercúrio; a introdução de novos métodos de extração de compostos orgânicos naturais, com a substituição do método pirogênico pelo de extração com solventes; um novo entendimento de "análise química", com a substituição da comparação de amostras tidas como autênticas pela decomposição do analito.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Alma Mater Lipsiensis. Leipzig: Edition, 1984. Disponível em: <http://www.uni-leipzig.de/chemie/ch_hist.htm>. Acesso em: 10 mar. 2000.

Bachelard, G. A formação do espírito científico: contribuição para uma psicanálise do conhecimento. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.

Bernal, J. D. Ciência na história. Lisboa: Livros Horizonte, 1969.

Debus, A. The chemical philosophy. New York: Dover, 2002 [1997].

Ginsborg, H. Two kinds of mechanical inexplicability in Kant and Aristotle. Journal for the History of Philosophy, 42, p. 33-65, 2004.

Goethe, J. W. von. Maximen und reflexionen. In: Stapf, P. (Ed.). Goethes werke. Berlin/Darmstadt: Deutsche Buchgemeinschaft, 1956. v. 1.

Holmes, F. Analysis by fire and solvent extraction: metamorphosis of a tradition. Isis, 62, p. 129-48, 1971.

Holmyard, E. Alchemy. New York: Dover, 1990.

Jensen, W. Logic, history and the chemistry textbook III. One chemical revolution or three? Journal of Chemical Education, 75, p. 961-9, 1998.

Kober, F. Die Entdeckung des Elementes Germanium. Chemiker-Zeitung, 111, p. 78-81, 1987.

Kuhn, T. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Editora Perspectiva, 1975.

Kuhn, T. The road since structure. Chicago: University of Chicago Press, 2000.

Lavoisier, A. L. Traité élémentaire de chimie. Paris: Gauthier-Villars, 1937 [1789].

Lavoisier, A. L. Mémoires the chimie. Paris: s.n., 1805. v. 2.

Liebig, G. Liebigs eigenhändige biographische Aufzeichnungen. Berichte der Deutschen Chemischen Gesellschaft, 23, p. 785-816, 1890.

Maar, J. H. Goethe e a história da ciência. Episteme, 11, p. 95-116, 2006.

Meinel, C. Chemistry’s place in eighteenth and nineteenth century. History of Universities, 8, p. 89-115, 1988.

Oldroyd, D. An examination of Stahl’s philosophical principles of universal chemistry. Ambix, 20, p. 36-52, 1976.

Partington, J. R. A short history of chemistry. New York: Dover, 1957 [1937].

Partington, J. R. A history of chemistry. London: Macmillan, 1962. v. 3.

Read, J. From alchemy to chemistry. New York: Dover, 1995.

Seitz, F. Henry Cavendish: the catalyst for the chemical revolution. Proceedings of the American Philosophical Society, 148, p. 151-79, 2004.

Szabadváry, G. History of analytical chemistry. London: Pergamon, 1965.

Downloads

Publicado

2012-01-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Materiais, equipamentos, métodos e objetivos: outra revolução química? . (2012). Scientiae Studia, 10(4), 671-680. https://doi.org/10.1590/S1678-31662012000400003