Lavoisier e a sistematização da nomenclatura química

Autores

  • Regina Simplício Carvalho Universidade Federal de Viçosa

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-31662012000400007

Palavras-chave:

Lavoisier, Nomenclatura química, Teoria do oxigênio, Linguagem, Kuhn, Fleck

Resumo

Lavoisier sistematizou a nomenclatura química com base na Lógica de Condillac, e ambos os autores foram inspirados por John Locke. Atacou persistentemente a teoria flogística até a sua derrocada e conseguiu a adesão de vários cientistas a sua teoria do oxigênio. O uso da nova nomenclatura química implicava a aceitação dessa última teoria. Escreveu várias obras, entre elas Méthode de nomenclature chimique e Traité élémentaire de chimie, nas quais divulgou a nova nomenclatura química por toda a Europa. Assumindo que a ciência é um produto cultural, tecemos considerações a luz do pensamento de Thomas Kuhn e Ludwik Fleck.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Abrantes, P. C. C. Imagens de natureza, de ciência, e educação: o caso da Revolução Francesa. In: Stein, S.& Kuiava, E. (Org.). Linguagem, ciência e valores: sobre as representações humanas do mundo. Caxias do Sul: Educs, 2006. p. 11-58.

Alexander, R. The language of the “naked facts”: Joseph Priestley and the apocalypse of language. Language & Communication, 28, 1, p. 21-35, 2008.

Amorim da Costa, A. M. Lavoisier’s chemical nomenclature in Portugal. In: Bensaude-Vincent, B. & Abbri, F. (Ed.). Lavoisier in European context: negotiating a new language for chemistry. New York: Watson Publications, 1995. p. 155-71.

Bensaude-Vincent, B. & Abbri, F. (Ed.). Lavoisier in European context: negotiating a new language for chemistry. New York: Watson Publications, 1995.

Bensaude-Vincent, B. & Stengers, I. Histoire de la chimie. Paris: La Découverte, 2001.

Carneiro, A. Elementos da história da química do século xviii. Boletim da sociedade Portuguesa de Química, 102, p. 25-31, 2006.

Condé, M. L. L. (Org.). Ciência e cultura na história. Belo Horizonte: Argumentum, 2006.

Condillac, E. B. de. Lógica ou os primeiros desenvolvimentos da arte de pensar. In: Condillac, Helvétius, Degérando: textos escolhidos. Tradução N. A. Aguilar. São Paulo: Abril, 1973 [1780]. p. 67-140. (Os Pensadores, 27)

Crosland, M. P. Historical studies in the language of chemistry. New York: Dover / Phoenix Editions, 2004.

Darnton, R. & Roche, D. (Org.). A imprensa na França, 1775-1800. São Paulo: Edusp, 1996.

Dhombres, J. Livros dando nova forma à ciência. In: Darnton, R. & Roche, D. (Org.). A imprensa na França, 1775-1800. São Paulo: Edusp, 1996. p. 239-85.

Donovan, A. Antoine Lavoisier: science, administration, and revolution. Oxford: Blackwell, 1996.

Fauque, D. O papel iniciador de Lavoisier. Química Nova, 18, 6, p. 567- 73, 1995.

Filgueiras, C. A. L. Lavoisier: o estabelecimento da química moderna. 2a ed. São Paulo: Odysseus, 2007.

Fleck, L. Gênese e desenvolvimento de um fato científico. Belo Horizonte: Fabrefactum, 2010 [1935].

Fontes da Costa, P. Simbologia e alegoria na linguagem alquímica. Boletim da Sociedade Portuguesa de Química, out.-dez., p. 29-35, 2002. Disponível em: <http://www.spq.pt/boletim/docs/BoletimSPQ_087_029_08.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2010.

Guyton de Morveau, L. B.; Lavoisier, A. L.; Berthollet, C. L.; Fourcroy, A. F.; Hassenfratz, J. H. & Adet, P. A. Méthode de nomenclature chimique. Paris: Cuchet Libraire, 1787. Disponível em: <http://books.google.com.br>. Acesso em: 02 nov. 2010. Holmyard, E. J. Alchemy. New York: Dover, 1990.

Kirwan, R. Essai sur le phlogistique et sur la constitution des acides. Tradução M. A. P. Lavoisier. Paris: Rue et Hôtel Serpente, 1788.

Kuhn, T. S. O caminho desde a estrutura. São Paulo: Editora Unesp, 2006.

Kuhn, T. S. A estrutura das revoluções científicas. 9 ed. São Paulo: Perspectiva, 2009 [1962].

Lavoisier, A. L. Traité élémentaire de chinie. Paris: Chez les Libraires Associés, 1805 [1789].

Lavoisier, A. L. Réflexions sur l’instruction publique. Paris: Imprimerie Du Pont, 1893 [1793].

Lavoisier, A. L. Tratado elementar de química. Tradução L. S. P. Trindade. São Paulo: Madras, 2007 [1789].

Locke, J. Ensaio sobre o entendimento humano. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1999 [1689].

Maar, J. H. Pequena história da química. Primeira parte: dos primórdios a Lavoisier. Florianopólis: Papa-Livro, 1999.

Maar, J. H. Aspectos históricos do ensino superior de química. Scientia Studia, 2, 1, p. 33-84, 2004.

Moran, B. T. Alchemy, chemistry and the history of science. Studies in History and Philosophy of Science A, 31, 4, p. 711-20, 2000.

Poirier, J.-P. Lavoisier: chemist, biologist, economist. Tradução R. Balinski. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 1998.

Sanches, J. R. & Belmar, A. G. La revolución química: entre la historia y la memória. Valência: PUV, 2006.

Santos, A. M. N. Radiografia da química do século xviii: triunfo e sedimentação de uma área científica. Colóquio Ciências: Revista de Cultura Científica, 21, p. 53-76, Lisboa, 1998.

Shapin, S. & Schaffer, S. El Leviathan y la bomba de vacío: Hobbes, Boyle y la vida experimental. Buenos Aires: Universidad Nacional de Quilmes, 2005.

Sparks, J. (Ed.). The works of Benjamin Franklin. Philadelphia: Childs & Peterson, 1840. v. 10.

Stein, S.& Kuiava, E. (Org.). Linguagem, ciência e valores: sobre as representações humanas do mundo. Caxias do Sul: EDUCS, 2006.

Thagard, P. A estrutura conceitual da revolução química. Tradução M. R. da Silva e M. Giro. Princípios, 14, 22, p. 265-303, 2007 [1990].

Watts, R. Joseph Priestley (1733-1804). Prospects: the quarterly review of comparative education, 24, 1/2, p. 343-53, 1994.

Downloads

Publicado

2012-01-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Lavoisier e a sistematização da nomenclatura química . (2012). Scientiae Studia, 10(4), 759-771. https://doi.org/10.1590/S1678-31662012000400007