A contribuição brasileira de Alcindo Flores Cabral à classificação periódica dos elementos

Autores

  • Juergen Heinrich Maar Universidade Federal de Santa Catarina
  • Eder João Lenardão Universidade Federal de Pelotas. Centro de Ciências Químicas, Farmacêuticas e de Alimentos

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-31662012000400008

Palavras-chave:

Tabela periódica, Classificação natural dos elementos, História da química no Brasil, Cabral

Resumo

Este artigo apresenta a contribuição de Alcindo Flores Cabral (1907-1982) - professor de química da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, hoje incorporada à Universidade Federal de Pelotas - ao ensino de química, uma contribuição quase desconhecida pela própria comunidade química brasileira, embora reconhecida como relevante por diversos químicos estrangeiros importantes, como W. Hückel, G. Charlot, F. Strong, E. Fessenden e outros. A inovadora representação helicoidal de Cabral é apresentada não só em conexão com representações contemporâneas, mas também inclui-se uma incursão pelos primeiros sistemas helicoidais propostos, os de Hinrichs e de Baumhauer. Apresentam-se alguns comentários não somente sobre a Classificação natural dos elementos, publicada em 1946, mas também sobre outros textos escritos para tornar mais eficaz o ensino de química.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Azevedo, F. As ciências no Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1994.

Bertomeu-Sanches, J. R. et al. Looking for an order of things: textbooks and chemical classification in 19th century France, Ambix, 49, p. 227-50, 2002.

Cabral, A. F. Ensaio de teoria eletrônico-molecular. Pelotas: Escola de Agronomia Eliseu Maciel, 1940.

Cabral, A. F. Classificação natural dos elementos. Pelotas: Editora Instituto Agronômico do Sul, 1946.

Cabral, A. F. Classificação natural dos elementos. Pelotas: Editoria da Escola de Agronomia Eliseu Maciel, 1951.

Cabral, A. F. A teoria de ácidos e bases de Arrhenius e as ideias modernas. Pelotas: Editora da Escola de Agronomia Eliseu Maciel, 1953a.

Cabral, A. F. A representação gráfica de alguns sistemas complexos de conexões atômicas. Pelotas: Editora da Escola de Agronomia Eliseu Maciel, 1953b.

Cabral, A. F. Elementos de química eletrônica. Pelotas: Editora da Escola de Agronomia Eliseu Maciel, 1958.

Cahn, R., Historische und Philosophische Aspekte des Periodensystems der Chemischen Elemente. Karlsruhe: Hyle, 2002.

Ceccon, O. & Berner, R. Classificação periódica dos elementos. Monografia Didática. Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 1967.

Ebel, R. I. Atomic structure and the periodic table. Journal of Chemical Education, 15, p. 575-7, 1938.

Emerson, E. I. A new spiral form of the periodic table. Journal of Chemical Education, 21, p. 111-5, 1944.

Griff, H. K. A clockwise spiral system of the chemical elements. Journal of Chemical Education, 41, p. 191, 1964.

Hirsig, R. Systemtheorie. Universitaet Zuerich: Psychologisches Institut, 1994. Disponível em: <ftp://ftp.geoinfo.tuwien.ac.at/wilke/BUP_skriptsam>. Acesso em: 02 nov. 2008.

Ihde, A. The development of modern chemistry. Nova York: Dover, 1984.

Leon Olivares, F. Syntex, una historia mexicana y su divulgación en el Bachillerato. Educación Química, 12, p. 175-78, 2001.

Magalhães, M. O. Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel. 2 ed. Pelotas: Universidade Federal de Pelotas, 1996.

Mazur, K. Graphic representations of the periodic system during one hundred years. Tuscaloosa: University of Alabama Press, 1974.

Monroe, C. J. & Turner, W. D. A new periodic table of the elements. Journal of Chemical Education, 3, p. 1058-65, 1926.

Mishra, P. & Nguyen-Jahiel, K. Multiple visual representations of the periodic system of elements: epistemological and pedagogic implications. Proceedings of the 1997 International Visual Literacy Association Conference. Pensylvania: State College, 1997. Disponível em: <http://punya.educ.msu.edu/PunyaWeb/pubs/print/periodic-jvla/periodic-jvla.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2003.

Mortimer, E. A evolução didática dos livros de química destinados ao ensino secundário. Em Aberto – INEP – MEC, 40, p. 25-41, 1988.

Renatus, E. Julius Quaglio (1833-1899) und die Geschichte des Periodensystems. Chemie in Unserer Zeit, 17, p. 96-102, 1983.

Rheinboldt, H. A química no Brasil. In: Azevedo, F. As ciências no Brasil. 2 ed. Rio de Janeiro: Editora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1994. v. 2.

Sanderson, R. T. The proper place for hydrogen in the periodic table. Journal of Chemical Education, 41, p. 187-89, 1964.

Scerri, E. The periodic table and the electron. American Scientist, 85, p. 546-53, 1997.

Scerri, E. The evolution of the periodic system. Scientific American, 279, p. 78-83, 1998.

Spronsen, J. W. van. The pre-history of the periodic system. Journal Chemical Education, 36, p. 565-7, 1959.

Spronsen, J. W. van. The periodical system of chemical elements. Amsterdam: Elsevier, 1969.

Strong, F. C. The atomic form periodic table. Journal of Chemical Education, 36, p. 344-5, 1959.

Strong, F. C. Revised atomic form periodic table. Journal of Chemical Education, 62, p. 456, 1985.

Zappfe, C. Gustavus Hinrichs, precursor of Mendeleev. Isis, 60, p.461-76, 1969.

Zmaczynski, E. W. Periodic system of the elements in a new form. Journal of Chemical Education, 14, p. 232-5, 1937.

Downloads

Publicado

2012-01-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

A contribuição brasileira de Alcindo Flores Cabral à classificação periódica dos elementos . (2012). Scientiae Studia, 10(4), 773-798. https://doi.org/10.1590/S1678-31662012000400008