Transculturalidade, Oriente-Ocidente e o espaço-entre
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v46p182-204Palavras-chave:
Transculturalidade, Estudos da Tradução, Adaptação, Estudos CulturaisResumo
Em que espaços transitam as artes – pintura e dança performática? Como se conjugam as transfigurações sociais da pintura e da festa popular? Como as identidades se reinventam? As adaptações a espaços, tempos e modos têm sido o centro da reflexão aos que se interessam pelos diálogos culturais Oriente-Ocidente e pelos novos espaços-entre, produzidos pelas (re)configurações de linguagens e tempos, assim como também pelos trânsitos em suas reconfigurações. Seguindo um pensamento transcultural a partir dos Estudos da Tradução, este trabalho investiga duas manifestações culturais dos dois lados do mundo, a pintura de Tomoo Handa no Brasil modernista e o festival Matsuri no Japão e a sua dança performática. O diálogo proposto entre as formas de cultura aparentemente tão diferentes oferece uma reflexão sobre como as artes (variadas) têm vindo a traduzir cultura(s) de modo a adaptá-las, recriando identificações em espaços híbridos, conforme pensadas por Homi Bhabha (1998), Wolfgang Welsch (1999) e Avancini, Cordaro, Okano (2021) ao mesmo tempo em que justifica exemplarmente a interdisiciplinaridade dos Estudos Culturais (Cevasco, 2003).
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