Um olhar arqueológico da Saúde Pública brasileira
DOI:
https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2016.102344Palavras-chave:
reforma sanitária, campo da saúde, análise arqueológicaResumo
Realizou-se análise arqueológica de artigos da saúde publicados entre 1950-1980 descrevendo enunciados e regularidades a partir de 4 âmbitos: tempo, espaço, desenvolvimento e Estado. Dois modos discursivos foram identificados: Em Nome da Nação e Pró-Desenvolvimentismo. O primeiro não enunciava reivindicação de direitos e o segundo relaciona direito, saúde e desenvolvimento com a delimitação do Estado e das ações de relevância pública. Aponta-se para a necessidade de investigar as estratégias discursivas da saúde a partir dos anos 1980, atentando especialmente para funcionamentos discursivos dos enunciados sobre direito e desenvolvimento, pois talvez tenha ocorrido uma inflexão na própria noção de direito como igualdade entre os cidadãos.
Downloads
Referências
Baptista, Tatiana Wargas de Faria et al. (2015), “Sobre as contribuições da arqueologia do saber para estudos da saúde coletiva”. In: ______ (orgs.). Políticas, planejamento e gestão em saúde: abordagens e métodos de pesquisa. Rio de Janeiro, Editora Fiocruz.
Brasil. Ministério da Saúde. (1986), Relatório final da 8ª Conferência Nacional de Saúde. Brasília, Ministério da Saúde.
Carlos, Fauze. (1958-1959), “A saúde pública no Plano de Ação”. Arquivos de Higiene e Saúde Pública, 75-82 (23/24): 9-21.
Costa, Dante. (1962), “Problemas de nutrição e saúde pública”. Revista Brasileira de Malariologia e Doenças Tropicais, 3 (14): 307-312.
Ferreira, Manoel José. (1963), “Perspectivas atuais da saúde pública”. Revista Brasileira de Malariologia e Doenças Tropicais, 3 (15): 505-513.
Foucault, Michel. (2010), A arqueologia do saber. Rio de Janeiro, Forense Universitária.
Larrosa, Jorge. (2004), “A operação ensaio: sobre o ensaiar e os ensaiar-se no pensamento, na escrita e na vida”. Educação & Realidade, 1 (29): 27-43.
Mello, Carlos Gentile de. (1965), “A intervenção do Estado na assistência hospitalar”. Revista Brasileira de Malariologia e Doenças Tropicais, 2/3 (17): 319-331.
Novais, Menandro. (1962), “Levantamento da situação demográfica e econômica do estado do Rio Grande do Norte: contribuição para o estudo de seu problema alimentar”. Revista Brasileira de Malariologia e Doenças Tropicais, 4 (14): 501-529.
Pascale, Humberto. (1950a), “Contribuição para a elaboração de um plano de assistência hospitalar no interior do estado”. Arquivos de Higiene e Saúde Pública, 44 (15): 97-107.
______. (1958-1959), “Contribuição para a história da saúde pública em São Paulo”. Arquivos de Higiene e Saúde Pública, 75-82 (23/24): 32-48.
______. (1953), “Novos rumos sobre a recuperação do Homem Rural – Parte Primeira: A educação em função da saúde pública”. Arquivos de Higiene e Saúde Pública, 55 (18): 3-23.
______. (1950b), “Serviço público e socialização da medicina”. Arquivos de Higiene e Saúde Pública, 45 (15): 165-175.
Pinto, S. C. Ferreira. (1961), “A malária e o homem rural: trabalhos de campo”. Revista Brasileira de Malariologia e Doenças Tropicais, 3/4(13): 107-121.
Romeiro, Luiz. (1962), “Relações entre as diversas agências de governo e os abastecimentos d’água potável”. Revista Brasileira de Malariologia e Doenças Tropicais, 4 (14): 531-542.
Silva, A. C. Pacheco e. (1960) “A higiene mental nos países subdesenvolvidos.” Arquivos de Higiene e Saúde Pública. São Paulo, 84 (25): 79-82.
Veyne, Paul. (2008), “Foucault revoluciona a história”. In: ______. Como se escreve a história. Lisboa, Edições 70.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2016 Tempo Social

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.