A política cultural: regulação estatal e mecenato privado

Autores

  • Maria Arminda do Nascimento Arruda Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-20702003000200007

Palavras-chave:

Política cultural, Mecenato privado e governamental, Incentivos, subvenções e renúncia fiscal

Resumo

O artigo traça as diretrizes da política cultural implementada durante o segundo governo FHC: leis de incentivo fiscal, financiamento privado e regulação estatal. A ação cultural do governo atribuiu ao Estado o papel de intermediário no processo de financiamento, avalizando relações entre produtores culturais e agentes econômicos. Em lugar de um típico mecenato privado, instituiu-se uma nova modalidade de promoção cultural. A expansão das iniciativas nos diversos ramos da criação cultural não significou, necessariamente, a renovação das linguagens.

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Biografia do Autor

  • Maria Arminda do Nascimento Arruda, Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais

    é professora livre-docente do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e secretária-executiva da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs).

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Publicado

2003-11-01

Edição

Seção

não definida

Como Citar

Arruda, M. A. do N. (2003). A política cultural: regulação estatal e mecenato privado . Tempo Social, 15(2), 177-193. https://doi.org/10.1590/S0103-20702003000200007