Il biennio nero: fascismo, antifascismo e violência política
DOI:
https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2019.157702Palavras-chave:
Gramsci, Hegemonia, Violência política, Arditismo, Arditi del popoloResumo
Logo após a experiência operária das lutas do chamado Biennio rosso (Biênio vermelho) na Itália entre 1919 e 1920, surgiram várias organizações armadas de ex-combatentes da Grande Guerra, trabalhadores e trabalhadoras com o objetivo de resistir às violentas incursões dos esquadrões fascistas contra os setores populares tanto na cidade quanto do campo. O Biennio nero (1921-1922), que marcaria a ascensão fascista até a Marcha sobre Roma e a chegada ao poder de Benito Mussolini, conheceria, no entanto, alguns episódios de vitória popular em armas contra o fascismo num ambiente de guerra civil. A organização protagonista dessa resistência operária armada pelo território italiano foram os Arditi del popolo. O artigo pretende acompanhar esse período de forma sucinta, com a ajuda de recente historiografia italiana, para contextualizar e apresentar a análise de Gramsci sobre tal experiência histórica, tanto em seus textos publicados à época no L’Ordine Nuovo, quanto posteriormente, em suas reflexões carcerárias. A hipótese é que, embora tenha aprofundado, no cárcere, sua análise teórica das relações político-militares de classe, Gramsci nunca mudou de ideia sobre a necessidade de os grupos subalternos organizarem formas de resistência “ilegais”, fora da institucionalidade vigente, como parte da luta de hegemonias.
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