Reformas no ensino superior e seleção de alunos: o caso da França (1999-2018)
DOI:
https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2024.226575Palavras-chave:
Ensino superior, Lei ORE, Parcoursup, Processo de Bolonha, ReformasResumo
Desde o final do século XX, as políticas francesas e europeias tendem a estabelecer o ensino superior e a pesquisa (ESR) como uma das principais alavancas da competitividade na esfera econômica internacional. Em particular, as reformas do ensino superior promulgadas na França entre 1999 e 2018 são evidências de um impulso de reforma particularmente intenso, marcado por um desejo crescente de regular o acesso a diferentes recursos – ao financiamento da pesquisa sob a LPR e à formação universitária sob a lei ORE – no contexto da concorrência entre os participantes como uma ferramenta para gerenciar o ensino superior. Ao analisarmos essa mudança de paradigma,que coloca no centro da gestão quantificada do ensino superior o objetivo de o tornar uma alavanca central do crescimento econômico, fazemos uma retrospetiva da influência desse processo de reforma e do papel dos indicadores quantificados na medição do ensino superior. Por meio de um estudo mais específico da lei relativa à orientação e ao sucesso do aluno, conhecida como lei “ORE”, promulgada em 8 de março de 2018, na origem da implementação da plataforma Parcoursup, procuramos ressaltar como o investimento na quantificação do ensino Superior leva, de forma mais ampla, a apoiar uma política de individualidades.
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