O amor no século XX: romantismo democrático versus intimismo terapêutico
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0103-20702012000200008Palavras-chave:
Amor e sociedade, Romantismo e cultura, Intimismo e racionalismo terapêuticoResumo
O objetivo do artigo é esclarecer de que modo a paulatina legitimação dos padrões de relacionamento romântico ocorrida no século passado - conforme pregados por várias defensoras da reforma dos costumes e promovidos por meios de comunicação em massa - enfrenta a resistência, entre os setores partidários do racionalismo terapêutico, de um discurso em favor do intimismo amoroso. A hipótese é de que o sentido dessa reação seja o de proteção contra os efeitos negativos potencialmente gerados pela crença em certo tipo de romantismo e suas promessas de felicidade, em meio à ordem social individualista e desprovida de salvaguardas tradicionais.
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