Notas rocambolescas: histórias de escusos heróis
DOI:
https://doi.org/10.1590/ts.v3i1/2.84820Palavras-chave:
Roacambole, Luis Napoleão Bonaparte, Folhetim, Rocambolesco, Heróis velhaco, Violência, ImaginárioResumo
O artigo parte da aproximação, aparentemente insólita, de dois textos: 1) Proezas de Rocambole (1857-1870), folhetim de Ponson du Terrail, cujo núcleo inicial trata de uma sociedade secreta, o Clube dos Valetes de Copas, chefiada pelo "vil" conde Andrea, e depois por seu sobrinho, Rocambole, 2) O 18 Brumário de Luis Bonaparte (1852), de Karl Marx, que narra, como um romance policial, a ascensão do sobrinho de Napoleão a partir da sociedade secreta de 10 de Dezembro, e as aventuras reais e farsescas de um "cnalha medíocre". Faz-se notar que a própria imprensa francesa da época assimilou a figura de Rocambole com a do Imperador. Comenta-se a atualidade de Rocambole e tenta-se uma definição do rocambolesco, nesta época de corrupçao e violência. Ressalta-se a ambígua atração que aventuras de escusos heróis, tratadas com delírio imaginativo e ritmo desenfreado, exercem sobre os leitores, tomando como exemplos Machado de Assis e Graciliano Ramos.
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