Esther: a cortesã, a polaca e a matriz bíblica da mulher sedutora

Autores

  • Lucius de Mello Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-5894.i21p63-85

Palavras-chave:

Esther, cortesã, romance, bíblia, Balzac, transgressão

Resumo

O que a rainha hebreia Esther tem em comum com as cortesãs literárias também de origem judaica Esther Markowitz e Esther van Gobseck, protagonistas dos romances de Balzac e Scliar? Este artigo busca contribuir com as pesquisas que se ocupam da fabulação literária da cortesã na literatura, especialmente na narrativa bíblica e nos romances que abordaram o tema em épocas distintas, como Esplendores e misérias das cortesãs, do escritor francês, cristão e católico, Honoré de Balzac, e O ciclo das águas, do ficcionista judeu Moacyr Scliar.  

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Biografia do Autor

  • Lucius de Mello, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

    Doutorando em Literatura pelo Departamento de Letras Modernas (Estudos Linguísticos, Literários e Tradutológicos em Francês-USP), Mestre em Literatura e Cultura Judaicas (USP), Graduado em Comunicação Social - Jornalismo (UFPR).

    Pesquisador do LEER - Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação e do ARQSHOAH, arquivo virtual do Holocausto e Antissemitismo - ambos  ligados ao dep. História da USP.

    Finalista do Premio Jabuti - 2003 - com a biorgrafia Eny e o Grande Bordel Brasileiro - (ed. Objetiva, 2002 / editora Planeta 2015).

    Autor do romance histórico A Travessia da Terra Vermelha - Uma saga dos refugiados judeus no Brasil ( Novo Século, 2007 / Companhia Editora Nacional 2017).

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Publicado

2018-09-24

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Esther: a cortesã, a polaca e a matriz bíblica da mulher sedutora. (2018). Vértices, 21, 63-85. https://doi.org/10.11606/issn.2179-5894.i21p63-85