Da disforia como potência das contradições: Uma aposta de Paul B. Preciado
DOI:
https://doi.org/10.11606/2175-974x.virus.v29.229604Palavras-chave:
Disforia, Tecnologias digitais, Paul B. PreciadoResumo
Este estudo visa promover uma leitura crítica em torno de alguns elementos da cultura digital no Sul Global — entendido aqui enquanto, mais do que uma categoria geopolítica, uma condição pós-colonial de determinadas perspectivas, práticas e estratégias contra-hegemônicas no contexto mundial —, em especial aqueles relacionados aos usos e implicações políticas da automação digital que rege boa parte das plataformas online e dos dispositivos de interação. Mais precisamente, proponho uma revisão teórica acerca de algumas das implicações da noção de “disforia” que Paul B. Preciado desenvolve em seu último livro, situando-a como potência onto-ficcional das contradições constitutivas da vida digital no Sul Global. Começo por contextualizar o ferramental foucaultiano de que Preciado em larga medida se serve e, em seguida, situo a noção de “disforia” no cenário pós-pandêmico da automação digital e algorítmica. Por fim, elenco alguns caminhos já trilhados para reconhecer a disforia do mundo como efeito em curso das tecnologias digitais que dão forma à vida contemporânea.
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