Solos urbanos e agricultura orgânica: conservação e resiliência
DOI:
https://doi.org/10.11606/2175-974x.virus.v30.238727Palavras-chave:
Qualidade do solo, Sistemas agroecológicos, Sustentabilidade, Áreas urbanasResumo
O artigo tem como objetivo propor uma inflexão epistemológica na compreensão do solo para além de seu papel físico e agronômico, posicionando-o como uma interface viva que conecta práticas produtivas, regimes simbólicos e cosmovisões diversas em meio à crise ecológica atual. A pesquisa foi realizada em Conselheiro Lafaiete (MG), comparando atributos químicos de solos sob três manejos distintos: agricultura orgânica agroecológica, solo urbano e monocultura de eucalipto. Incluiu-se a determinação de pH em água, matéria orgânica, fósforo remanescente, macronutrientes e micronutrientes extraídos por Mehlich-1, e cátions trocáveis (Ca2+, Mg2+, Al3+) por KCl 1 mol L-1. As análises revelaram que a agricultura orgânica promove solos biologicamente ativos e resilientes, enquanto os solos urbanos e de monocultura evidenciam degradação e empobrecimento biogeoquímico, expressando modelos territoriais extrativistas e fragmentados. Sob a lente da Ecocrítica Intermidiática, o solo é entendido como mídia ecológica e arquivo material de escolhas civilizatórias, refletindo tensões entre ciência, poética e política territorial. Ao ampliar a visão do solo como agente simbólico e político, o estudo contribui para os debates sobre justiça ambiental, soberania alimentar e a urgente necessidade de se reconceitualizar a relação entre humanos e territórios, especialmente nas dinâmicas urbanas e rurais contemporâneas.
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