Privatização dos parques urbanos e a produção neoliberal do espaço
DOI:
https://doi.org/10.11606/2175-974x.virus.v30.239539Palavras-chave:
Parques urbanos, Produção do espaço, Neoliberalismo, PrivatizaçãoResumo
O artigo investiga como a privatização de parques urbanos manifesta a lógica neoliberal na produção do espaço público, revelando conflitos e contradições entre a racionalidade técnica, os interesses privados e as práticas sociais. Inserido no debate sobre a mercantilização da cidade, o fenômeno estudado apresenta-se em dois níveis: o primeiro abrange o panorama das concessões no Brasil, no Rio Grande do Sul e em Porto Alegre; o segundo aprofunda a análise da concessão do Parque Harmonia e do Trecho 1 da Orla do Guaíba. Sob a justificativa de eficiência financeira e administrativa, a gestão privada desses espaços restringe o valor de uso e impõe práticas comerciais ao cotidiano urbano. Metodologicamente, utiliza-se a abordagem crítico-dialética com base na Tríade da Produção do Espaço de Lefebvre. A pesquisa posiciona a privatização dos parques urbanos como um campo de diálogo, confrontações e práxis transformadora; identificando processos de elitização, comercialização e segregação dos espaços públicos, ao mesmo tempo em que destaca movimentos de resistência que reivindicam o direito à cidade e modelos de produção espacial mais democráticos. As concessões de parques refletem a hegemonia neoliberal, o que indica a urgência de alternativas que valorizem o uso coletivo dos espaços públicos e a participação social.
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